A religião vem tomando sentido oposto ao de sua origem
É muito conhecida a origem da palavra religião. Atribui-se a santo Agostinho a sua criação, que se origina do verbo latino "religare" (religar), no sentido de ligar de novo a Deus o homem que Dele se afastou pelo pecado.
Para esse sábio santo católico, a religião é, pois, um meio de nos irmos aperfeiçoando espiritualmente até que, um dia, possamos chegar novamente a Deus e nos tornarmos, de fato, semelhantes a Ele.
Mas ao longo dos séculos, as religiões têm perdido esse significado, pois elas agora significam divisão. É que entrou na questão religiosa o nosso maior inimigo, ou seja, o ego, que está presente em tudo na nossa vida. Não foi, pois, à toa que o Nazareno nos disse que quem quiser ser seu discípulo tem que renunciar a si mesmo (Lucas 9:23).
A religião tem muito a ver com a verdade de cada um. E o que é verdade para um, nem sempre o é para outro. Por isso, digo que, para se encontrar o significado religioso mais próximo da verdade, temos que estudar todas as religiões, pelo menos as mais importantes.
Acontece que o ego, que é o nosso maior diabo ("diabolos", no grego bíblico, e adversário em português), nos faz não querer buscar a verdade, pois ficamos totalmente fechados para as ideias inovadoras, que nos poderiam levar à verdade verdadeira e libertadora. A ignorância é normal, mas é lamentável alguém querer se manter nela!
Mas o que de pior não faria o nosso ego? E é exatamente por causa dele que a religião, cada vez mais, vem adquirindo um significado totalmente diferente do seu original. Este, como vimos, é de nos religar a Deus, do qual nos afastamos pelas nossas faltas de desobediência dos dois principais mandamentos do decálogo, isto é, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.
No nível atual de evolução da humanidade, é frequente o conceito segundo o qual quanto mais nós formos religiosos, infelizmente, mais a nossa religião passa a ter o significado de separação e de desamor, quando não de ódio. E, assim, com um indivíduo muito religioso, geralmente o que ocorre é que ele tem seu ego bem aflorado, o que o deixa totalmente afastado do verdadeiro cristianismo, apesar de ele se incluir entre os que mais frequentam uma igreja ou um centro espírita.
De fato, quanto mais beatas são as pessoas, salvo raras exceções, mais são apegadas ao seu ego, mais são orgulhosas, fanáticas e discriminadoras dos que adotaram outra religião, não sendo poupadas nem as pessoas da sua própria fé, por não serem tão religiosas quanto elas o são. Não escapam de sua discriminação nem os próprios familiares.
Os líderes religiosos cristãos falham por, geralmente, não ensinarem seus fiéis a dominarem seu ego. Eles se preocupam em ficar exigindo dos fiéis apego às exterioridades da religião, como rituais, dízimos e doutrinas polêmicas, que em nada os ajudam a serem melhores cristãos.
Por isso, eles se tornam falsos cristãos, pois se transformam em fanáticos religiosos e, consequentemente, em discriminadores das pessoas de outras crenças. Conheço gente que briga até com padre, por ele não ser tão católico quanto elas o são.
Algumas pessoas seriam mais cristãs se não tivessem religião, que se torna um instrumento constante de desarmonia e de conflitos. É, às vezes, a religião se torna assim como uma droga na vida de uma pessoa!
E seria cômico, se não fosse tão trágico, que essas pessoas pensem que estão agindo em nome de Jesus e de Deus!
É muito conhecida a origem da palavra religião. Atribui-se a santo Agostinho a sua criação, que se origina do verbo latino "religare" (religar), no sentido de ligar de novo a Deus o homem que Dele se afastou pelo pecado.
Para esse sábio santo católico, a religião é, pois, um meio de nos irmos aperfeiçoando espiritualmente até que, um dia, possamos chegar novamente a Deus e nos tornarmos, de fato, semelhantes a Ele.
Mas ao longo dos séculos, as religiões têm perdido esse significado, pois elas agora significam divisão. É que entrou na questão religiosa o nosso maior inimigo, ou seja, o ego, que está presente em tudo na nossa vida. Não foi, pois, à toa que o Nazareno nos disse que quem quiser ser seu discípulo tem que renunciar a si mesmo (Lucas 9:23).
A religião tem muito a ver com a verdade de cada um. E o que é verdade para um, nem sempre o é para outro. Por isso, digo que, para se encontrar o significado religioso mais próximo da verdade, temos que estudar todas as religiões, pelo menos as mais importantes.
Acontece que o ego, que é o nosso maior diabo ("diabolos", no grego bíblico, e adversário em português), nos faz não querer buscar a verdade, pois ficamos totalmente fechados para as ideias inovadoras, que nos poderiam levar à verdade verdadeira e libertadora. A ignorância é normal, mas é lamentável alguém querer se manter nela!
Mas o que de pior não faria o nosso ego? E é exatamente por causa dele que a religião, cada vez mais, vem adquirindo um significado totalmente diferente do seu original. Este, como vimos, é de nos religar a Deus, do qual nos afastamos pelas nossas faltas de desobediência dos dois principais mandamentos do decálogo, isto é, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.
No nível atual de evolução da humanidade, é frequente o conceito segundo o qual quanto mais nós formos religiosos, infelizmente, mais a nossa religião passa a ter o significado de separação e de desamor, quando não de ódio. E, assim, com um indivíduo muito religioso, geralmente o que ocorre é que ele tem seu ego bem aflorado, o que o deixa totalmente afastado do verdadeiro cristianismo, apesar de ele se incluir entre os que mais frequentam uma igreja ou um centro espírita.
De fato, quanto mais beatas são as pessoas, salvo raras exceções, mais são apegadas ao seu ego, mais são orgulhosas, fanáticas e discriminadoras dos que adotaram outra religião, não sendo poupadas nem as pessoas da sua própria fé, por não serem tão religiosas quanto elas o são. Não escapam de sua discriminação nem os próprios familiares.
Os líderes religiosos cristãos falham por, geralmente, não ensinarem seus fiéis a dominarem seu ego. Eles se preocupam em ficar exigindo dos fiéis apego às exterioridades da religião, como rituais, dízimos e doutrinas polêmicas, que em nada os ajudam a serem melhores cristãos.
Por isso, eles se tornam falsos cristãos, pois se transformam em fanáticos religiosos e, consequentemente, em discriminadores das pessoas de outras crenças. Conheço gente que briga até com padre, por ele não ser tão católico quanto elas o são.
Algumas pessoas seriam mais cristãs se não tivessem religião, que se torna um instrumento constante de desarmonia e de conflitos. É, às vezes, a religião se torna assim como uma droga na vida de uma pessoa!
E seria cômico, se não fosse tão trágico, que essas pessoas pensem que estão agindo em nome de Jesus e de Deus!
Publicado no Jornal OTEMPO em 22/08/2011
http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=16139
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