sábado, 28 de março de 2020

Jornal "O Espírita" ABRIL de 2020


Jornal "O Espírita" ABRIL de 2020


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Jornal "O Espírita" ABRIL de 2020


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Jornal "O Espírita" ABRIL de 2020


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Jornal "O Espírita" ABRIL de 2020

Ante o Convid-19 empreguemos a disciplina mental e os recursos da prece (Jorge Hessen)

Jorge Hessen
jorgehessen@gmail.com
Brasília-DF
"A imaginação é a metade da doença;
a tranquilidade é a metade do remédio;
e a paciência é o começo da cura". (Ibn Sina)1
A morte não é o fim, mas a grande libertadora da escravidão carnal, pronunciou Bezerra de Menezes, alertando para que não nos preocupemos em demasia com a presença pandêmica do [coronavírus], cujo momento será mais tarde entendido nas suas razões, nas suas origens e no porquê chegou-nos agora, provocando pânico e dor. 2
Justamente como está ocorrendo nas dioceses da Itália, pois só no dia 20 de março de 2020, houve a morte de 28 sacerdotes católicos diagnosticados com a Covid-19. A maioria atuava na região norte do país. Diante disso, o Papa Francisco preceituou ao arcebispo Francesco Beschi para dar seu apoio aos padres, aos enfermos, aos que cuidam dos pacientes e a toda comunidade católica, pois que estava muito impressionado com o sofrimento que padecem, pela morte solitária, sem a companhia das famílias, tão dolorosa, segundo Beschi. 3
Na contramão dos trágicos episódios chineses e italianos, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional brasileiro emitiu nota pedindo a reabertura dos templos para enfrentar o que chamou de “pandemia maligna”. Daí (pasmem!) as igrejas têm passado imunes às recomendações dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para suspender eventos com grande aglomeração de pessoas.
Valendo-se disso, as megaigrejas evangélicas como a Universal do Reino de Deus de Edir Macedo, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Silas Malafaia e a Igreja Mundial do Poder de Deus, de Valdemiro Santiago — todas com milhares de templos espalhados pelo país e cujas sedes têm capacidade para 10 mil pessoas, 6 mil pessoas e 15 mil pessoas, respectivamente, seguem (quais bombas relógio) abertas e com os cultos lotados.
O MPRJ (Ministério Público do Rio Janeiro) entrou com um pedido para que os cultos fossem suspensos, mas a Justiça negou. E nessa onda o pastor e empresário Silas Malafaia esbraveja que só fechará a Assembleia de Deus Vitória em Cristo por determinação da Justiça.
Essa irresponsável atitude de tais igrejas é inquietante, vejamos o que ocorreu lá na Coreia do Sul, em que uma igreja é responsável por mais de 60% dos casos. O pastor sul-coreano Lee Man-hee, da Igreja Shincheonji de Jesus, se ajoelhou e pediu desculpas durante uma entrevista coletiva, segundo o Metro UK. Porque mais de 60% dos 4 mil casos confirmados no país asiáticos são de fiéis da igreja, sendo 28 mortes. Agora, o pastor é investigado pelo Ministério Público coreano por negligência.4
Lamentavelmente e andando na contramão das atitudes de outros ajuizados governantes o Presidente do Brasil defende aglomerações (bomba relógio) nas igrejas. Na borla do Presidente vão alguns pastores “ungidos” afirmando que a Igreja é lugar de refúgio para muitos que se acham amedrontados e desesperados. Por isso os templos devem estar de portas abertas para receber os abatidos e acolher os desesperados.
A grande preocupação em relação a pandemia é que o número de casos pode aumentar de maneira aterrorizante, em escala geométrica. Este fato sobrecarregará os serviços de saúde (públicos ou privados), com risco de faltar assistência adequada para toda a população. Esta é a razão pela qual as medidas de contenção são essenciais, para tornar mais lenta a instalação desta pandemia e permitir que os serviços de saúde se organizem para oferecer atendimento adequado.
Neste período pandêmico o Espírito Bezerra de Menezes realçou que devemos manter o respeito às leis, buscando a precaução recomendada pelas autoridades sanitárias. 5 Os espíritas devemos seguir as recomendações dos órgãos oficiais, Ministério da Saúde do Brasil e Organização Mundial da Saúde. Nas casas espíritas os trabalhos de atendimento espiritual abertos ao público devem ser realizados por atendimento à distância. As reuniões com grande número de pessoas devem ser evitadas até que essa medida seja reavaliada de acordo com a evolução da situação epidemiológica.
Nas reuniões “impreteríveis” de trabalho que envolva pequeno número de pessoas, não deverão participar pessoas com sintomas respiratórios, assim como se deverá evitar contato físico como aperto de mãos, abraços e beijos. Deve haver o fornecimento de álcool gel em locais chaves da casa espírita, como na entrada, na biblioteca e nos banheiros pode auxiliar sobremaneira na contenção do vírus.
É importantíssimo “desfazer ideias de temor ante as moléstias contagiosas ou mutilantes, usando a disciplina mental e os recursos da prece.”6 Pois que “a força poderosa do pensamento tanto elabora quanto extingue muitos distúrbios orgânicos e psíquicos.” 7
É momento de “aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade exclusivas dos médicos desencarnados.” 8 Vamos todos “aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação dos valores alusivos à convicção religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé. ”

domingo, 1 de março de 2020

ESPIRITISMO É CRISTÃO, SIM!

Ainda encontramos "espíritas" que questionam o aspecto cristão da Terceira Revelação. Negam a excelsitude de Jesus Cristo com evidente descontrole emocional, referindo-se ao Mestre como se Ele fosse um homem vulgar. Para esses seres apalermados em suas fanfarras imaginárias, alertamos o seguinte:

É verdade que pouco importa os teimosos desencontros e controvérsias a respeito do Cristo, o essencial, para os que se esforçam por segui-Lo, é sentir e praticar os Seus ensinamentos.
 Há os que no outro extremo O confundem com o próprio Criador. Mas, sob o ponto de vista da lógica kardeciana, a humanização de Jesus torna os cristãos mais esperançosos na autotransformação moral, pois leva seus seguidores a serem mais disciplinados e conscienciosos. Do contrário, a “deificação de Jesus” faz do “MODELO e Guia” uma entidade inalcançável, e assim torna suas lições inexecutáveis, pois são atos próprios à vida de um “extraterrestre” ou do próprio “Deus” (para os místicos).
Na Terra, onde se multiplicam as conquistas da inteligência, algumas resvalam e se enterram nas valas rasas das retóricas vazias, e fazem-se mais complexos os quadros do sentimento amarfanhado no materialismo, saibamos que Ele (Jesus) no campo da Humanidade [foi o único] orientador completo, irrepreensível e inquestionável, que renunciou à companhia dos anjos para viver e conviver com os homens.
 Sem Jesus, o Espiritismo deteriora e acaba! Fazendo coro com as sábias palavras de Chico Xavier, relembramos que o Mestre Jesus está na nossa experiência cotidiana. Tanto é verdade, que em nossas agruras e dissabores pungentes, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS.
 Nos tempos áureos do Evangelho o apóstolo Pedro, mediunizado, definiu a transcendência de Jesus, revelando que Ele era "o Cristo, o Filho de Deus vivo". No século XIX o Espírito de Verdade atesta ser Ele "o Condutor e Modelo do Homem".
Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus."
 Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o "Médico Divino", segundo André Luiz. Por sua vez, Emmanuel o denomina de "Diretor angélico do orbe e Síntese do amor divino". Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Jorge Hessen






ILUSÃO, MÃE DO SOFRIMENTO


Um dos desejos mais profundos de qualquer ser humano, que esteja em sua perfeita saúde mental, é o de não sofre e ser feliz.
Quem não deseja ser plenamente feliz e não ter sofrimentos. Se este é um desejo comum e profundo em nossa humanidade, cabe-nos o questionamento: Por que não somos felizes e sofremos?
Sofremos quando não temos, assim como quando temos em excesso; seja o que for. O sofrimento esta presente em todas as classes sociais, do pobre ao milionário, do analfabeto ao que tem inúmeros títulos universitários, do que tem fome ao quem tem mais do que pode comer.
Talvez este fato esteja ligado a não observação de que provavelmente o sofrimento não esteja associado aos bens materiais, e sim aos bens espirituais. A pobreza do espírito, que cega nossa percepção da realidade, independentemente da nossa situação social e financeira.
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”(Mateus 6: 19-22)
Uma das principais causas dessa cegueira é a ilusão. Vivemos iludidos pelos nossos desejos de felicidade.
Tanto quem tem pouco como quem tem muito, querem cada vez mais, achando que obtendo mais terão paz e felicidade.
 “Vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vos pedirdes”. (Mateus 6:8)  
Nossa falta de Fé e esperança é o que nos causa grande sofrimento. Esta falta está ligada principalmente as nossas ilusões de felicidade.
Sofremos por vivermos mergulhados em ilusões das mais variadas. O mais interessante é que quando perdemos determinada ilusão ficamos ainda mais infelizes. Isto quer dizer que nos habituamos a nos iludir. Viver sem a ilusão, atualmente é como viver sem o celular. Dá uma agonia. Principalmente quando lançam um novo modelo.
Estamos em uma era de extremo consumismo. Sofremos quando não temos o novo lançamento de tal ou tal coisa. E quando conseguimos sofremos porque já tem um modelo mais moderno, e nem sequer aprendemos a lidar com todo as opções do antigo.
 “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”(Mateus 6: 26).
Nossas ilusões e desejos nos causam uma sede e fome quase insaciáveis. E este treinamento já começa na infância. Amor, convivo familiar e disciplina estão sendo substituídos por modernidades tecnológicas. Claro que é importante acompanhar os avanços tecnológicos, mas eles não podem ditar as regras de convivência familiar e social. A ciência nos mostra que os desejos pelo quero mais, estão levando não apenas os jovens, mas também a nossa moderna sociedade a estados cada vez mais ansiosos e depressivos. Basta ver os atuais índices de suicídio que estamos chegando, principalmente em jovens, onde uma das principais causas é a frustração pelo querer e não conseguir ter.
Nossas ilusões nos colocam em um mundo paralelo, onde nos acomodamos até com o sofrimento, e pior, deixamos de nos incomodarmos com o sofrimento do próximo. Optamos pela indiferença no lugar da benevolência.
Passamos por uma mãe e filhos pequenos dormindo na rua e mendigando alimentos, como se fosse normal uma família viver em uma calçada em cima de um papelão. Principalmente quando estamos com o celular nas mãos nos divertindo com as mensagens e brincadeiras, indiferente com o que passa ao nosso redor.
Ou acordamos ou seremos acordados.
“Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.”(Mateus5:26).

Ou seja, ficaremos vinculados a dor e sofrimento em mundos de provas e expiações enquanto vivermos na ilusão.
Não podemos confundir perda da ilusão com perda de esperança. Devemos buscar conforto e progresso no trabalho e consequentemente uma melhor condição financeira. Através dos nossos esforços e capacidades poderemos gerar melhores condições socioeconômicas aos nossos semelhantes, assim com proporcionar melhores condições de vida aos entes queridos. Esperança está ligada a Fé, e sendo bem raciocinada nos livra da ilusão e dos apegos, dores e sofrimentos.
O futuro é feito através de esperança e fé no que podemos produzir e construir hoje, no dia presente. Projeções ilusórias do futuro nos tiram o foco da realidade, a qual deve ser enfrentada com lógica e raciocino, jamais ilusões.
O enfrentamento da realidade baseado na Fé raciocinada nos fortalece. Retira de nós os medos, as frustrações e as ansiedades. Mostra-nos as nossas reais capacidades e com isso os meios de atingir metas e propostas de vida.

“Pois se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.” (Mateus 17:20).
DrAlexandre Serafim