quarta-feira, 16 de junho de 2010

VOCÊ SE CONTENTA COM O NECESSÁRIO?


A partir das definições do dicionário Aurélio:
“Ecologia: sf. Biol. Estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente onde vivem, bem como de suas recíprocas influências. “
“Meio ambiente: SM. Conjunto dos fatores físicos, químicos e bióticos que agem sobre um ser vivo ou uma comunidade ecológica e podem determinar sua sobrevivência.”

O meio ambiente, como a definição nos apresenta, é um conceito muito mais amplo do que muitos da sociedade atual imagina ser. Tendo como base os estudos da doutrina Espírita e conhecimentos sobre preservação ambiental, entende-se que o desenvolvimento moral, que muitos valorizam, está além de uma simples reciclagem de lixo, mas sim um equilíbrio homem-natureza.
“A Terra produzia sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário.” (O Livro dos Espíritos, capitulo V, Lei da Conservação).
Na atualidade, o homem se preocupa demasiadamente com bens materiais, querendo sempre sofisticá-los e elevar seus custos. Esse conceito deve ser revisto, não só pela questão materialista, mas também pela questão ambiental, pois toda a matéria-prima, para a criação desses bens materiais, é retirada do meio ambiente.
Precisa-se refletir sobre o que é necessário e o que é supérfluo para as nossas vidas. Desde o surgimento do capitalismo, o lucro tornou-se prioridade no mundo, pouco se preocupando com o meio ambiente e as conseqüências que isso pode gerar. Nessa obsessão para obter lucro, o desperdício da matéria fundamental para a sobrevivência do homem aumentou significativamente.
Porém, dos conceitos ditos acima grande parte da população já está ciente, sendo a mídia grande responsável pela divulgação dos problemas ambientais. Contudo a visão espírita sobre esse assunto é bem mais profunda e complexa do que muito imaginam. Certos problemas ambientais são causa da destruição necessária, ou seja, natural, ocorrem com o objetivo de renovação ambiental, sem a interferência consciente e direta do homem. Já a destruição abusiva, com a participação consciente e direta do homem, gera a maior parte dos problemas ambientais enfrentados por todos os seres vivos que habitam a Terra.
Assim como os sentidos humanos, como a visão e a audição, o meio ambiente é uma das ferramentas mais completas que o homem tem a sua disposição para alavancar sua evolução. Porém, o livre arbítrio é de fundamental importância para o bom uso deste meio, respeitando as leis Divinas.
Os espíritas, carregando o fardo do conhecimento, carregam também uma maior responsabilidade para com a evolução do planeta. Os espíritas que mantém uma posição comodista diante dos problemas ambientais, presos a idéia de que todos os problemas se resolverão por conta própria, como um ‘destino pré-determinado’, estão retardando o processo evolucional coletivo, adiando a passagem da Terra de mundo de ‘’Provas e Espiações’’ para mundo de “Regeneração”. Contudo, apenas o conhecimento não basta, sendo necessária a aplicação da teoria na prática.
Os espíritas costumam dizer que a verdadeira vida é a espiritual, e que a reencarnação é temporária, mas isso não justifica o desleixo e o comodismo com relação às provas terrenas. Baseando-se na Lei Natural que rege todas as ações, deve-se criar uma consciência de que o equilíbrio é fundamental, tanto no mundo material quanto espiritual. O planeta é, sim, uma estadia temporária, mas não significa que deve ser desprezado, até porque também está em evolução, tornando os seres vivos construtores dessa transição.
O planeta Terra sempre nos oferecerá o necessário para a sobrevivência, onde a reflexão das Leis Morais é necessária para a capacitação da humanidade para a melhor utilização dos recursos oferecidos por Deus, com o objetivo de auxiliar a evolução espiritual individual e coletiva, atuais e futuras.


Mocidade Espírita André Luiz
Anna Flávia S. Souza.
Giovanna Faria.
William Tadashi Aoki.

Nenhum comentário:

Postar um comentário