terça-feira, 8 de junho de 2010

SÍNTESE DO SEMINÁRIO - EDUARDO VALÉRIO

Síntese do Seminário apresentado por Eduardo Valério em 8-5-2010 pela USE intermunicipal de Taubaté.

Tema “O Centro Espírita – Escola do Espírito.

Após definição inicial do Centro Espírita como um espaço para construção de almas, escola do espírito, que propicia a reforma íntima e a evolução espiritual, o tema foi desenvolvido em 5 módulos:

1- O relacionamento do trabalhador da Casa Espírita consigo mesmo.


Nosso projeto de evolução é pessoal, intransferível, através do esforço constante e em todos os lugares, buscando o conhecimento das leis maiores, universais, a depuração de sentimentos e emoções e a prática da caridade.
Só estudo e trabalho, sem amor, não enriquecem ninguém.
Para isso é necessário desenvolver o auto-amor, o auto-conhecimento e o amor ao próximo e à natureza. O lema do servidor deve ser: servir e passar.
Os esforços pessoais: o trabalho é com o próximo, mas a construção é individual e solitária. Enfrentar os sentimentos e estados mentais que impedem o crescimento: a arrogância, a presunção, o autoritarismo, o perfeccionismo e o melindre.
É tempo de valorizar menos a “folha de serviços” e o “tempo de casa”.
Nunca esperar reconhecimento, gratidão, elogios, vantagens, privilégios ou vantagens pelo que faz.
Os compromissos assumidos são obrigações e não passa-tempos.
Lembrar-se de que o trabalhador precisa mais da Doutrina do que ela dele.

2- O relacionamento com outros trabalhadores.

Relacionamento é construção diária e depende da vontade e dos esforços de cada um, na decisão de construir relacionamentos fraternos e respeitosos.
Alguns cuidados nossos com o próximo: tolerância e paciência com os erros alheios, sem omissões perante falhas, mas a firmeza com fraternidade, respeitando o próximo como ele é.
Necessário se faz desenvolver relações de afeto, generosidade, cortesia e amizade. A cultura do abraço faz muito bem ao grupo.
O conflito é conosco mesmos e quem é sereno e equilibrado consigo mesmo tende a conviver de forma mais sadia.
Nos espaços e na organização da Casa manter um ambiente alegre e fraterno.
Evitar o rigor institucional, a rigidez de horários (“o homem para o sábado”), dar mais valor às pessoas e ao convívio. O próximo está acima da Casa.
O regime é de parceria e não de hierarquia e comando.

3- Atenção com os freqüentadores (“clientela”) do Centro.

O grande desafio dos Centros: como receber pessoas?
- O objetivo do centro espírita:
1º - Evangelização de almas, emancipação dos seres e não conversão ao Espiritismo.
2º - Projeto de educação para a eternidade: o educando é levado a assumir a gestão de si mesmo e do mundo.

Ensinar Doutrina Espírita é meio, não é fim.:
- Antes consolar (com o conhecimento da Lei) , depois estimular a análise íntima: conscientização e promoção e não doutrinação e contenção.
- Evitar o excesso de normas e falta de habilidade: orientações rígidas e burocráticas, sem humanismo para quem precisa de afeto.
- A busca da felicidade pela auto-transformação, a proposta espírita de conhecer a lei de causa e efeitos.
- A sensibilidade não exclui a qualificação para o trabalho. Buscar a atuação sem improvisos ou aventuras conforme vocação.
- Promover cursos e treinamentos: a busca da excelência nos serviços prestados.
- Atendimento fraterno: a mais importante porta da Casa Espírita.
- Exposições doutrinárias com conteúdo sempre espírita e uso de modernas técnicas de comunicação social.
- Terapia dos passes, com conhecimento científico e amor.
- Prática mediúnica com técnica e compromisso.
- Serviço assistencial espírita, sob nova assistência social brasileira, que sempre foi a do Espiritismo: focada na educação integral e na evangelização do assistido.

4- Diálogo e Debates.


- Um novo modelo funcional e pedagógico para a Casa Espírita: formação de massa crítica.
- Em todas as reuniões e atividades, diálogo franco, estimulante e não necessariamente conclusivo. (Nunca fechar questão sobre assuntos polêmicos)
- Busca da sabedoria e não apenas conhecimento.
- O exercício do diálogo; educar-se; aprender a discordar fraternalmente, aprender a falar somente quando for oportuno.
- Aprender a aceitar quando nos discordarem, sem melindres e sem ressentimentos.
- O culto ao pluralismo, sem exclusão e sem a cruel diferença pelo diferentes.
- Os dirigentes deixam de ser catedráticos e tornam-se orientadores.

5 – Maior Intercâmbio Mediúnico.


- Espiritismo com espíritos: base e origem da Doutrina Espírita. Sem eles apenas um conjunto de ensinos morais e filosóficos.
- A democracia mediúnica como uma das maiores contribuições de Kardec.
- A prática mediúnica disciplinada e controlada é uma conquista do Movimento Espírita, mas sem regulações excessivas.
- A necessidade de estudo e de disciplina.
- Garantir e permitir em certas ocasiões, a alegre e espontânea de familiares, amigos, companheiros, num clima de diversidade, originalidade, criatividade , manifestação de sentimentos e emoções, singularidade de experiência, tudo em favor da casa e dos trabalhadores.
- Há jovens espíritas que só sabem de espíritos pelos livros.
- Há muito ainda que se conhecer do Plano espiritual.

Enfim, o Centro espírita deve ser uma escola para educação do espírito imortal.
- Deve estar organizado para permitir ao homem conhecer o sentido da vida.
- Deve se converter em núcleo de amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.

O conteúdo do Seminário de Eduardo Valério deixa-nos um importante material para reflexão e oxalá desperte nos dirigentes está busca da melhoria contínua nas atividades dos Centros Espíritas. Há sempre uma maneira melhor de fazer qualquer trabalho. Basta que não nos acomodemos e deixemos de supervalorizar o “tempo de casa” e a “folha de serviços”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário