Filhos,
antes de pretenderdes a unificação dos serviços concernentes à fé
espírita, pretendei a unificação dos vossos sentimentos na vivência dos
postulados que abraçastes.
Não existe união sem entendimento.
Quem não sabe ceder em seus pontos de vista não sabe trabalhar pelo congraçamento dos companheiros.
Sem
dúvida, a união em torno de nossos princípios na Doutrina Espírita é de
fundamental importância na preservação da unidade do Movimento,
todavia, sem a exemplificação dos que se lançam a semelhante cometimento
ocupando cargos de proeminência, todo esforço neste sentido não passará
de tentativa frustrada de aproximação.
Por agora, convençamo-nos
de que a perfeita integração de ideias é um sonho vago e distante entre
os homens, mas, para quem procura concordar no essencial, o acessório
não é fator de divisão. Se a teoria é válida, somente a prática fala de
seu significado e sua importância.
A dissensão entre os adeptos da Causa, a fragiliza diante de seus opositores e a torna vulnerável às criticas.
Se
os irmãos de ideal não silenciam melindres no grupo espírita, toda a
tarefa fica comprometida e não alcança a finalidade que se propõe.
De quem lidera nunca se espera somente a palavra.
Filhos,
o "amai-vos uns aos outros" não nos condiciona o amor àqueles que
convivem conosco, ou seja, não implica em que amemos apenas àqueles que
não nos criem embaraços.
Ao contrário, o grande desafio do amor
se nos resume no amor que daremos a quantos, constantemente, nos atestam
na capacidade de compreender e perdoar.
Unamo-nos na fé, unindo-nos em nossos propósitos de renovação íntima através das boas obras.
A pretexto de defender a Verdade, não fomentemos o fanatismo e o preconceito.
Unamo-nos
no ideal superior do bem incondicional aos semelhantes e estaremos
prestando à unificação espírita a nossa melhor e decisiva colaboração.
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