No
tempo de Kardec havia uma divergência para o estudo da doutrina. Uns cuidavam
das manifestações inteligentes, e outros se detinham no estudo das
manifestações físicas.
Kardec advertiu dizendo: Os grupos que se ocupam exclusivamente
com as manifestações inteligentes e os que se entregam ao estudo das
manifestações físicas têm cada um a sua missão. Nem uns, nem outros se achariam
possuídos do verdadeiro espírito do Espiritismo, desde que não se olhassem com
bons olhos; e aquele que atirasse pedras em outro provaria, por esse simples
fato, a má influência que o domina.
(OLM, p. 519).
Vejamos
que, a divergência era para o bem da doutrina. Eram estudos sérios que
correspondiam ao Espiritismo. Kardec apenas pediu que cada qual estudasse o que
mais os agradava e que, cada grupo não interferisse no estudo do outro. Mas,
hoje, a divergência é por não querer estudar. As imposições são em torno da
falta de estudo e entendimento da doutrina. Encontramos pessoas que ainda não
entenderam que “o dono da casa espírita”
é o “Espiritismo”. Portanto, o que
deve prevalecer na condução dos trabalhos da casa não é a vontade dos
dirigentes, mas dos ensinamentos dos espíritos. O objetivo do Espiritismo não é
lotar casa espírita com pessoas que só buscam curas e outros fenômenos. Isto
outras religiões já fazem. Encontramos seguidores viciados em pedir favores e
milagres do Alto, esquecendo do ensinamento essencial que é a busca da reforma íntima.
Por isso, vemos pessoas com crucifixo no peito ou Bíblia na mão enganando
pessoas, maltratando pessoas, animais, etc. O objetivo do Espiritismo é maior
que atrair pessoas para a casa espírita. É o de ajudar as pessoas a entender
seu sofrimento, como preveni-lo, enfim, explicar o objetivo da nossa encarnação.
Então, podemos “modernizar” os
trabalhos da casa espírita sem implantar “modismos”
que fujam desses ensinamentos dos espíritos.
Texto de Rudymara do Grupo de Estudo Allan Kardec (http://grupoallankardec.blogspot.com)
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