segunda-feira, 31 de maio de 2010

TEMA DA ENTREVISTA: "O PASSE"



O PASSE (Emmanuel)

“E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.” (Marcos, cap.5, vv.23)

Jesus impunha as mãos nos enfermos e transmitia-lhes os bens da saúde. Seu amoroso poder conhecia os menores desequilíbrios da Natureza e os recursos para restaurar a harmonia indispensável.
Nenhum ato do Divino Mestre é destruído de significação. Reconhecendo essa verdade, os apóstolos passaram a impor as mãos fraternas em nome do Senhor e tornavam-se instrumentos da Divina Misericórdia.
Atualmente, no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o movimento socorrista do plano invisível, através da imposição das mãos. Os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Seria audácia por parte dos discípulos novos a expectativa de resultados tão sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos paralíticos, perturbados e agonizantes.
O Mestre sabe, enquanto nós outros estamos aprendendo a conhecer. É necessário, contudo, não desprezar-lhe a lição, continuando, por nossa vez, a obra de amor, através das mãos fraternas.
Onde existe sincera atitude mental do bem, pode estender-se o serviço providencial de Jesus.
Não importa a fórmula exterior. Cumpre-nos reconhecer que o bem pode e deve ser ministrado em seu nome.

(Caminho, Verdade e Vida – Emmanuel - cap. 153)

TEMA DA ENTREVISTA: "RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO"

TEMA DA ENTREVISTA: "FUNÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA"

sábado, 29 de maio de 2010

ENTREVISTA COM MARINA FERRI

TRECHO DE UMA PALESTRA QUE FALA DOS "POBRES DE ESPÍRITO"

CAP. VII - "BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO"


Quando Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de Espírito”, Ele não quis dizer que são os pobres, que não tem dinheiro, mas sim, os pobres de orgulho, de egoísmo, de vaidade, etc., ou seja, os ricos de humildade, que fazem o bem sem ostentação.
O que é ostentação?
É quando a gente faz o bem à uma pessoa e a deixa envergonhada, contando para todos, nos enaltecendo.
A pessoa humilde não se julga melhor que os outros, por mais que saiba muito. Porque existe pessoa ignorante mas humilde, e existe pessoa sábia, mas orgulhosa. O orgulhoso acredita ser mais do que realmente é. Não aceitam o que não compreendem. Por isso, muitos orgulhosos, se revoltam com Deus, e os humildes o aceitam.
Quando praticamos a caridade de verdade, Jesus vai nos ajudando a entender porque existe tantas diferenças no mundo: pobreza e riqueza, negros e brancos, saudáveis e doentes, etc. Ele nos mostra que sempre há uma razão, pela Lei de Causa e Efeito.
Deus é justo e trata todas as criaturas da mesma forma.
Por isso, devemos agradece-Lo pela beleza do céu, das flores, das aves. Pela família, pelos amigos, pelo alimento de todos os dias, por muitos de nós podermos falar, cantar, ouvir música, escrever, andar. E, se alguém não puder ver, ouvir, falar, bailar, escrever ou andar, com certeza, após esta encarnação, elas(es) também poderão. Por isso, agradeçamos, também, por esta religião, que nos explica a reencarnação.
É importante que cuidemos do corpo físico com a higiene, com vacina, boa alimentação, não usando drogas, etc. Mas, é importante também que cuidemos da alma, com boas músicas, boas palavras, bons pensamentos, boas programações de TV, boas ações. A alma deve estar limpa de tudo que prejudique seu progresso. Porque, todos nós temos uma missão na Terra, como o médico, o dentista, o professor, o lixeiro, etc. E as pessoas que falam de Deus, de Jesus, também tem a missão de nos ajudar, para entendermos o porquê de sermos bons, e de como conseguiremos ser “pobres de espírito.”



sexta-feira, 28 de maio de 2010

PROGRAMA 3ª REVELAÇÃO: "O CONSOLADOR PROMETIDO"

CAP. VI - O CRISTO CONSOLADOR


Jesus quando esteve aqui na Terra dizia que quem estivesse sofrendo, que fosse até Ele, para aprender com Ele a ser manso e humilde de coração, para que as suas dores fossem aliviadas. Jesus acalmava as pessoas e despertava a fé mostrando a bondade de Deus.
Jesus disse que quem o amasse, guardasse os seus ensinamentos e os colocasse em prática para ter paz, porque seu jugo (maneira que devemos seguir as Leis divina) era suave e seu fardo leve.
No Sermão do Cenáculo, que também ficou conhecido por Santa Ceia, Ele disse que o Pai, num momento oportuno, mandaria um “Consolador” para ficar eternamente, o Espírito de Verdade, que ensinaria todas as coisas e explicaria até os milagres que Ele fazia.
Deus mandou o Espiritismo que também é chamado de Cristianismo Redivivo, porque lembra tudo o que Jesus ensinou, com muitos detalhes. O Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus.
Como nasceu o Espiritismo?
Havia um jovem na França que era muito estudioso, bondoso, honesto. Por isso, Deus colocou em suas mãos uma grande tarefa, a de lembrar os ensinamentos de Jesus e trazer revelações que Jesus não pôde fazer: Este garoto chamava-se Hipollyte, cujo pseudônimo (apelido) era Allan Kardec. Ele recebia dos Espíritos Superiores, através dos médiuns, as revelações. Ele organizou as revelações e publicou em 5 livros: O Livro dos Espíritos, O Livro dos médiuns, O Céu e o Inferno, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese.
Nestes livros ensinam que nós viemos do mundo espiritual; que nascemos aqui neste plano material para estudarmos, para sermos bondosos, para auxiliarmos o próximo, para corrigirmos defeitos como a inveja, o ciúme, o egoísmo e depois voltar para o plano espiritual de onde viemos, melhores do que aqui chegamos.
O Espiritismo consola porque fala da vida após a morte do corpo físico, explica que não sofremos à toa, mostra que aquele que sofre com resignação (sem reclamar) e é humilde terá recompensa no plano espiritual e na próxima encarnação.
Aqueles que continuam sendo maldosos porque não deixam de ser orgulhosos e egoístas. Desencarnarão, nascerão outra vez e continuarão do mesmo jeito, ou seja, demorarão mais para evoluir. Mas, o planeta Terra está evoluindo porque há muitas pessoas boas. Os que não se esforçam para evoluir não reencarnarão mais aqui, porque nosso planeta só aceitará os mansos e pacíficos. As pessoas maldosas irão para um mundo inferior ao nosso.
Enquanto isso, devemos fazer o bem, termos paciência e orarmos muito por nós e por eles.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Capítulo V - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

















Quando nascemos de novo (reencarnamos), nós não nos lembramos da nossa encarnação anterior. Deus quer que esqueçamos dos erros que cometemos para pensarmos nas coisas boas que podemos e devemos fazer. Por exemplo: Se fizemos um inimigo em outra vida, e este inimigo nasce dentro da nossa família como um irmão ou uma irmã, é porque Deus quer que façamos as pazes. Mas se olharmos para ele(a) e lembrarmos que na outra vida ele(a) foi nosso inimigo, não conseguiremos fazer as pazes. Porque ficaremos lembrando daquilo que ele ou nós fizemos para nos tornarmos inimigos.
Por que vemos muitas pessoas sofrendo?
·      Primeiramente, porque moramos num planeta de Provas e Expiações, ou seja, num planeta onde só encarnam espíritos que ainda tem algo a resgatar (pagar), porque transgrediram a lei divina. Se a reencarnação não existisse, Deus seria injusto. Ele estaria dando privilégios para uns, como a saúde, e prejudicando outros, quando não dá saúde. Ex.: Há pessoa má muito rica e cheia de saúde. E há pessoa boa muito pobre e muito doente.
·       Muitas vezes, sofremos por falta de cuidado nesta vida em que estamos agora. Por exemplo: quando não tomamos cuidado ao atravessar a rua, quando não tomamos vacina, quando não escovamos os dentes, quando não tomamos banho, quando fazemos uso de bebidas alcoólicas, tóxicos, quando não obedecemos as leis de trânsito, etc. Quando fazemos escolhas erradas ao tomar uma atitude. Como por exemplo, ir preso por querer enriquecer enganando pessoas, roubando, etc.
·        Mas, há Espírito que pede para reencarnar com problemas, dores ou dificuldades para que lhe sirva como prova, para que ele evolua mais rapidamente. Por isso, não devemos julgar, mas ajudar sempre para aliviar um pouco a dor e sofrimento do próximo.
·     Há espírito que não tem preparo para escolher a prova, então, lhe é imposto o resgate. Neste caso chamamos de expiação. Mas há espírito que já tem um preparo e pode escolher a prova que quer passar para resgatar algum deslize.

Por isso, não devemos reclamar das dificuldades da vida, porque elas só existem porque: O plantio é livre, mas a colheita obrigatória.
Expliquemos melhor: A mãe diz para o filho: “não ponha a mão no fogão porque está quente.” Quando o filho é teimoso, ele põe a mão e queima. Daí sente dor e chora. Assim é a lei de Deus. Ela nos mostra as coisas que “devemos e não devemos” fazer. Quando somos teimosos, e não a obedecemos, sofremos a dor da reparação. Exemplos: o alcoólatra tenderá a ressurgir na carne com graves disfunções no aparelho digestivo; o fumante tenderá a ter problemas de pulmão como asma, bronquite, câncer, etc.; o suicida, dependendo do tipo de morte escolhido, renascerá com determinadas deficiências, por exemplo: se der um tiro no peito, terá problemas relacionados ao órgão lesado como coração e pulmões; tiro na cabeça poderá renascer com problemas mentais; se ingerir veneno poderá renascer com lábio leporino; se incendiar o próprio corpo sofrerá graves problemas de pele, etc.
Os que lesam o próximo também ressarcirão. Por exemplo: o violento poderá ressurgir paralítico; o maledicente terá dificuldades com a voz; os que usam a inteligência para o mal, poderão renascer com lesões cerebrais; o ladrão poderá renascer sem as mãos, etc. Mas, todo Bem, toda Caridade que estendermos ao próximo poderá diminuir nossos débitos. Exemplo: muitas mulheres estéreis, por terem abortado em vida anterior, reverteram o carma ao adotar uma criança. Então, acreditar na reencarnação nos força observar melhor as leis divinas, porque saberemos que o plantio é livre, mas a colheita obrigatória.

Por isso, devemos tratar bem o negro, o índio, etc., porque na próxima encarnação não sabemos qual será a raça que renasceremos; não devemos humilhar o próximo porque este não pode comprar algo que temos, porque na próxima encarnação, talvez venhamos pobres, e seremos nós o humilhado. No Espiritismo, chamamos Lei de Causa e Efeito. Sofremos o efeito daquilo que causamos à nós ou ao próximo nesta ou na  próxima vida.
Por isso, Jesus disse que serão “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”, ou seja, aqueles que sofrem dores e aflições (os que choram) sem revolta ou queixa contra a vida ou contra Deus receberão consolação na vida futura, porque reencarnarão com menos débito, consequentemente, terão menos o que sofrer.



Rudymara (Grupo de Estudo Allan Kardec)




quarta-feira, 26 de maio de 2010

RAUL TEIXEIRA: "OS MÉDIUNS"




TRECHO DA PALESTRA "POSTURAS ESPÍRITA" DE RAUL TEIXEIRA

"UMA LIÇÃO PARA OS MÉDIUNS" - história de Chico Xavier


Às quarta-feiras, de preferência, à tarde, o Chico, durante os anos de 1955 e 1956, espiritualmente se preparava para as Sessões de quinta-feira, no Grupo MEIMEI. Era uma sessão de grande respon­sabilidade, pois que se destinava aos obsedados. Numa quarta-feira, José Xavier, que fora irmão do Chico, e que, hoje, na Espiritualidade, é um dos seus abnegados colaboradores, pede-lhe para se preparar, abstendo-se de alimentos pesados, e, mais do que em outros dias, viver com o Evangelho às mãos, pois que iria receber, na sessão seguinte, o luminoso Espírito de Frei Eustáquio.
E o caro Médium atende. Viveu, toda a quarta-feira, pela tarde, e todo o dia seguinte, em quase jejum e em permanente oração e vigi­lância. À noite, de fato, recebe de Frei Eustáquio uma bela e instrutiva Mensagem, que emocionou os companheiros presentes. Essa Mensagem consta do livro INSTRUÇÕES PSICOFONICAS.
Estávamos, nesta ocasião, em Pedro Leopoldo e tivemos a ocasião de ouvi-la na máquina que a gravou. É, realmente, emocionante e instrutiva.
Em aqui chegando, encontramo-nos com alguns companheiros pertencentes a um Grupo Espírita dos subúrbios. E, um deles, nos falou:
— Ontem, em nosso Grupo, recebemos uma comunicação lindís­sima de Joana D’Arc, e apontou-nos o Médium presente que a rece­bera, acrescentando: ele fez um grande esforço para ir ao Grupo, chegou até a brigar com seus familiares... Se não fosse, não teria sido o instrumental de tão bela Mensagem.


* * *

O Chico, para receber Frei Eustáquio, teve de preparar-se, ele que vive, constantemente preparado.
No entanto, aqui, outro irmão, sem nenhum preparo espiritual e quando até brigou com os familiares, recebe Joana D’Arc!.
Que a lição nos sirva e trabalhe nossos pobres espíritos avessos aos sacrifícios morais, — únicos meios pelos quais poderemos penetrar o Templo sagrado das Verdades do Mestre, Caminho, Verdade e Vida para nossa salvação!






CAP. IV - NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO


Neste capítulo, vamos falar sobre a reencarnação.
Reencarnação é “nascer de novo.”
Quando a gente nasce, e vai crescendo, nós mostramos que temos defeitos. Então, somos auxiliados pela família, pela educação espírita, para nos corrigirmos. Ficamos grandes, vamos ficando velhinhos e desencarnamos. Mas às vezes não dá tempo para corrigir todos os defeitos, e ainda erramos mais um tanto nesta vida. Então, temos que nascer de novo, ou seja, reencarnar, para começar tudo de novo. Nasceremos de novo quantas vezes for preciso até não precisarmos mais reencarnar. Por isso, devemos nos esforçar para evoluir espiritualmente. A escola de evangelização e a família nos ajudam a aprender: a paciência, a bondade, sermos prestativos para desenvolver o amor.



terça-feira, 25 de maio de 2010

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

CAP. III - HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI



A Casa de Deus, nosso Pai, é o Universo.
O Universo é: o Sol, a Lua, as Estrelas e uma porção de planetas como nosso planeta Terra.
Há mundos onde as pessoas são bondosas e há mundos em que falta o amor nas atitudes das pessoas. Nestes planetas que falta o amor, as pessoas brigam, usam drogas e são malvadas. Elas maltratam seu corpo físico, outras pessoas, os animais e a Natureza.
No planeta onde as pessoas amam o próximo, os animais, as plantas, as pessoas são mais alegres, gostam de ajudar as outras e não são violentas.
Existem planetas que são inferiores e outros que são superiores ao nosso.
Jesus veio ao nosso planeta para nos ensinar a sermos bondosos, assim nosso planeta também evolui.
Nosso planeta Terra já foi um mundo inferior. As pessoas viviam em cavernas, sem nenhuma condição de higiene. Mas, como tudo evolui, o nosso planeta evoluiu também. E o nosso mundo vai evoluindo cada vez mais à medida que vamos sendo bons. As pessoas precisam se amar mais; só assim acabarão com a violência. As pessoas que tem amor ao próximo são mais felizes aqui como do outro lado da vida. Se não tem amor, sofrem tanto aqui, como depois que desencarnarem e na próxima encarnação.
Muitas pessoas acreditam que o mundo vai acabar. Mas o que vai acabar é o mundo de maldade para nascer um mundo de Regeneração. Quando nós nos regenerarmos, nosso mundo estará regenerado. As pessoas serão mais felizes.
Para que a Terra evoluísse, Jesus veio ensinar o amor e falar da vida futura, sermos bons para sermos felizes nesta e na outra vida.
Jesus continua olhando por nós e mostra que o Evangelho é o caminho para sermos felizes.

domingo, 23 de maio de 2010

MÚSICA ESPÍRITA: "QUANTA LUZ"

CAP. II : "MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"


Corria um boato que Jesus era o rei dos judeus. Então, quando Jesus foi preso e levado até Pilatos. Este, sabendo do tal boato, logo perguntou:
Você é o rei dos judeus?
E Jesus respondeu:
- Meu reino não é desse mundo. Se meu reino fosse deste mundo, minhas gentes teriam combatido para me impedir de cair nas mãos dos Judeus; mas meu reino não é aqui.
Pilatos não entendeu a resposta, então, tornou a perguntar:
- Você é ou não é rei?
Jesus lhe replicou:
- Você é que está dizendo que sou rei; eu não nasci e nem vim a este mundo senão para testemunhar a verdade; qualquer que pertença à verdade escuta minha voz. (João, cap.XVIII, v. 33,36, 37).

Antes dessa conversa, alguém perguntou à Jesus:
-     Onde fica o reino de Deus?
Jesus respondeu:
- O REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE VÓS.

Então, entendemos que o reino não se trata de um local geográfico, na Terra ou alhures. É um estado de consciência. O Céu está em nosso universo interior. Obviamente, o inferno também. Diríamos que são realizações pessoais, condicionadas ao que pensamos e fazemos. O reino é o alinhamento integral da própria vida com as leis Divinas e, portanto, incomunicável a quem não a conheça por não vivenciá-la. Como será não ter egoísmo ou qualquer tipo de apego? Como se sente quem tenha confiança absoluta em Deus? Não podemos imaginar, pois constituem conquistas ainda distantes para nós.
Quando Jesus disse que seu reino não era deste mundo porque se fosse, suas gentes teriam combatido para impedir que ele caísse nas mãos dos judeus, ele quis dizer que “suas gentes” pensavam e agiam como ele, portanto seriam leais, e nutririam os mesmos sentimentos que ele, por isso não o entregariam aos que lhe fariam mal. O que reina neste nosso mundo (planeta Terra) é o que ainda reina no mundo interior dos seus habitantes, ou seja, a ignorância e a maldade. E no reino de Jesus estes sentimentos já não existem mais.
Ainda hoje vemos pessoas dizendo:
·         “Você viu como fulano (a) casou-se bem?  Por que esta afirmativa?  Porque a pessoa está casando-se com alguém rico ou bem de vida. Dá a entender que aquele que casa-se com pobre não casa bem. O que é um engano. Talvez aquele que casou-se “bem”, casou-se por interesse e não por amor. E o cônjuge não é tão bom como deveria.
·         Vemos também muitas mães e pais dizendo aos filhos: “Quero que você seja alguém na vida, meu filho.” O sentido é bastante materialista. O certo seria dizer: “Quero que você seja alguém honesto, seja lá a profissão que você escolher.”
·         Vemos pessoas cultivando amizades por interesse, e desprezando verdadeiras amizades, porque estas não lhe trazem retorno material. Tratam pessoas que lhe são interessante com cortesia, com carinho, e com aquele que não lhe é interessante, fala com grosseria, com desprezo, etc.
·         Quantos tratam melhor o bem vestido do que o que veste trajes humildes. E, no entanto, o com trajes humildes, muitas vezes, tem melhores virtudes do que o bem vestido. Ex: Certa vez, uma amiga adentrou uma casa religiosa e, um trabalhador da casa cumprimentou um homem que vestia branco, parecia um médico, e disse: “É a primeira vez que vem a nossa Casa?” O médico disse que sim, e o anfitrião disse: “Seja bem vindo!” E, a amiga, que ali estava pela primeira vez, ficou indignada, e não voltou mais. Porque o tratamento não foi igual para todos. 
Enfim, ainda temos muito de Pilatos em nossas atitudes. Quando lavamos as mãos diante de uma situação que ajudaria um(a) companheiro(a) de jornada para não nos comprometermos com a responsabilidade e/ou trabalho, e muitas vezes o deixamos em situação difícil. Ex.: Não ajudo ninguém, isto é problema do Governo.  
Ainda vemos muitos vendendo Jesus (seus ensinamentos), em nome do interesse material, como fez Judas.
Ainda vemos muitos negando Jesus (transgredindo seus ensinamentos), em nome da prosperidade material, muito mais vezes que Pedro.
Jesus dizia sempre que seu reino não era deste mundo, porque seu reino era o Reino de Deus, onde a riqueza vinha do coração, como: amar a todos, perdoar sempre, amparar os pobres, ser honesto, etc. Ele não nasceu para morar em palácio, nem ter coroa de ouro. Ele nasceu para nos dar exemplo de como devemos buscar o Reino de Deus, porque nós só levaremos, depois que desencarnarmos, todo bem ou mal que tenhamos feito.
E o reino da Terra ainda é: o poder, a fama, o dinheiro, o ouro, o carro, a casa, etc.
Vejamos o que aconteceu com uma rainha de França, depois que ela desencarnou:

“Era uma vez, uma rainha poderosa, que julgava-se superior e desprezava os pobres e os humildes. Mas os pobres não se revoltavam com a pobreza e se ajudavam uns aos outros, repartindo o pouco que possuíam.
Eles desencarnaram e a rainha também. Os pobres chegaram ao plano espiritual, iluminados, e a rainha estava toda escura e mal vestida. Era a condição de seu Espírito.
A rainha inconformada dizia:
-          Eu fui rainha na Terra, porque não sou recebida assim?
O mentor respondeu:
-          Aqui, o Espírito chega somente com o bem que tenha feito. A riqueza e poder ficam no mundo material. Deus lhe emprestou a riqueza para que você fizesse o bem. Mas, você foi orgulhosa e egoísta.”

 (Uma rainha de França, Havre, 1863).

Resumindo: O Reino de Deus é o estado de sublimação da alma, criado por ela própria, através de reencarnações incessantes, na prática do Bem.





sábado, 22 de maio de 2010

CAP. I : "EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI"



Deus, Pai misericordioso e bom, sabia que estava no momento de mandar para os homens a 1ª Revelação Divina, através de um homem. Este homem chamou-se Moisés, que quer dizer: “SALVO DAS ÁGUAS.”
Ele recebeu este nome, porque naquele tempo, no Egito, havia um rei muito malvado que mandou matar todas as criancinhas israelitas.
Então, quando ele nasceu, sua mãe o colocou num cestinho no rio Nilo. Uma princesa encontrou-o e o “salvou das águas”, e resolveu criá-lo.
Moisés viveu no palácio do rei. Recebeu inspiração para subir ao Monte Sinai e pegar duas pedras. Lá no alto do Monte, através de sua mediunidade, apareceram os 10 mandamentos da Lei de Deus.
OBS: Mediunidade é a capacidade inata de comunicar-se com Espíritos desencarnados.
Os 10 mandamentos são:
1 – Amar a Deus sobre todas as coisas
2 – Não tomar o nome de Deus em vão
3 – Santificar o dia de Sábado
4 – Honrar Pai e Mãe
5 – Não matarás
6 – Não furtarás
7 – Não adulterarás
8 – Não dirás falso testemunho
9 – Não desejarás a mulher do próximo
10- Não cobiçarás

Depois disso, muitos séculos se passaram e ainda faltava amor no coração das pessoas. Deus mandou então um Espírito já evoluído, de mais luz, para nos ensinar a amar os nossos pais, irmãos, primos, conhecidos e desconhecidos, até aqueles que nos prejudicam.
Esse Espírito encarnou como um homem chamado: JESUS.
Ele trouxe a 2ª Revelação Divina e resumiu as Leis que Moisés havia escrito por conta própria nos livros (Gênese, Êxodo, Levítico, Número e Deteuronomio), por apenas duas Leis: “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.” Estes 5 livros escritos por Moisés era chamado de: A LEI.
Jesus ensinava, consolava os aflitos, curava muitos doentes e dizia: “Não vim destruir A LEI.”
Como as pessoas respeitavam A LEI, Jesus quis explicar que Ele não veio para destruí-las, mas para continuar o que Moisés deixou. Principalmente os 10 mandamentos, que são as leis de Deus.

Explicando melhor: A LEI ( Gênese, Êxodo, Levítico, Número e Deteuronomio), são leis escritas por Moisés para controlar o povo da época, que era muito rebelde e teimoso. E os 10 mandamentos são leis escritas por Deus e recebidas por Moisés.

Devido às muitas curas realizadas por Jesus e seus ensinamentos de fraternidade, honestidade, as pessoas egoístas, desonestas e más quiseram crucificá-Lo. As palavras Dele incomodavam; não gostavam do que Ele falava, porque Ele chamava a atenção das pessoas más.
Mas não podiam crucificá-lo sem a permissão de Pilatos, que era representante do imperador romano.
Prenderam Jesus e O levaram a Pilatos. Este não via nada de mau em Jesus. Achava-O Bom e Justo. Então, Pilatos deixou o povo escolher um prisioneiro para ser solto. Colocou Jesus e Barrabás, um homem mal. Mas aquelas pessoas queriam crucificá-lo de qualquer maneira, então, escolheram Barrabás para ser solto. Pilatos não entendeu. Mas, com medo do povo se revoltar contra ele, lavou as mãos, para dizer: “não posso fazer mais nada.”
Pregaram Jesus numa cruz de madeira. Ali ele morreu. Mas suas últimas palavras foram: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.” Seu corpo morreu na cruz, mas Ele continua amparando as crianças e todas as pessoas. Com o tempo, muitos homens, por vaidade e orgulho, modificaram os ensinamentos de Jesus. Como a humanidade precisava continuar seguindo o que Jesus ensinou para haver fraternidade, Deus então escolheu um homem bom, honesto e estudioso para publicar o que algumas pessoas do outro lado da vida (desencarnados) escreviam para as pessoas da vida em que nós estamos, lerem.
Esse homem encarnou com o nome de: HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL. Mais tarde ficou conhecido como Allan Kardec.
Ele e os Espíritos de Luz, através da mediunidade de psicografia trouxeram a 3ª Revelação Divina: O ESPIRITISMO.
O que é psicografia?
É a mediunidade que foi utilizada para os Espíritos responderem às perguntas que Kardec fazia. No começo, duas meninas seguravam uma cestinha com um lápis na ponta, e ela (a cestinha) escrevia textos científicos que nunca tinham aprendido. Depois, retiraram a cestinha e as médiuns passaram a segurar o lápis com as mãos, e as respostas eram dadas por escrito. O Espírito impulsiona as mãos da médium para escrever.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MELINDRE - FILHO DO ORGULHO



O MELINDRE – filho do orgulho – propele (leva) a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.
Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.
O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.
Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.
Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo:
· É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.
· O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.
· O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.
· O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.
· A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.
· O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado.
· O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.
· O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando o comparecimento da criança.
· O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.
· A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.
· O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.

O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.
A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados.
Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.
Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.
Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.
Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.
E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos . . .





(Cairbar Schutel)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

BICHINHOS (história de Irmão X)


Você se declara esgotado pelos conflitos internos da instituição espírita de que se fez devotado servidor, e revela-se faminto de uma solução para os problemas que lhe atormentam a antiga casa de fé.
Lutas entre companheiros e hostilidades constantes minaram o altar do templo, onde muitas vezes, você observou a manifestação da Providência Divina, através de abnegados mensageiros da luz, e hoje, ao invés da fraternidade e da confiança, do entusiasmo e da alegria, imperam no santuário a discórdia e a dúvida, o desânimo e a tristeza.
Vocês nos pedem um esclarecimento, entretanto, a propósito do assunto, lembro-me de velha e valorosa árvore que conheci em minha primeira infância. Verde e forte, assemelhava-se a uma catedral na obra prodigiosa da Natureza. Cheia de ninhos, era o palácio predileto das aves canoras que, em suas frondes, trinavam felizes. Tropeiros exaustos encontravam à sua sombra, que protegia cristalina fonte, o reconforto e a paz, o repouso e o abrigo. Lenhadores, de quando em quando, furtavam-lhe pedaços vivos e peregrinos ingratos roubavam-lhe ramos preciosos para utilidades diversas. Tempestades terríveis caíam sobre ela, anualmente, oprimindo-a e dilacerando-a, mas parecia refazer-se, sempre mais bela. Coriscos alcançaram-na em muitas ocasiões, mas a árvore robusta ressurgia, sublime. Ventanias furiosas, periodicamente, inclinavam-lhe a copa, decepando-lhe galhos vigorosos; a canícula costumava rodeá-la de pesados detritos . . . O tronco, porém, sempre adornado de milhares e milhares de folhas seivosas, parecia, inabalável e invencível.
Um dia, contudo, alguns bichinhos começaram a penetrá-la de modo imperceptível.
Ninguém lhes conferia qualquer significação.
Microscópicos, incolores, quase intangíveis, que mal poderiam trazer ao gigante do solo?
Viajores e servos do campo não lhes identificaram a presença.
Mas os bichinhos multiplicaram-se, indefinidamente, invadiram as raízes e ganharam o coração da árvore vigorosa, devorando-o, pouco a pouco . . .
E o vegetal que superara as ameaças do céu e as tentações da Terra, em reduzido tempo, triste e emurchecido, transformava-se em lenho seco, destinado ao fogo.
Assim também, meu caro, são muitas das associações respeitáveis, quando não se acautelam contra os perigos, aparentemente sem importância. São admiráveis na caridade e na resistência aos golpes do exterior. Suportam, com heroísmo e serenidade, estranhas provações e contundentes pedradas. Afrontam a calúnia e a maldade, a perseguição e o menosprezo público, dentro de inalterável paciência e indefinível força moral . . .
Visitadas, entretanto, pelos vermes invisíveis da inveja ou do ciúme, da incompreensão ou da suspeita, depressa se perturbam e se desmantelam, incapazes de conhecer que os melindres pessoais são parasitos destruidores das melhores organizações do espírito.
Quando o “disse-me-disse” invade uma instituição, o demônio da intriga se incumbe de toldar a água viva do entendimento e da harmonia, aniquilando todas as sementes divinas do trabalho digno e do aperfeiçoamento espiritual.
- Que fazer? - pergunta você, assombrado.
Dentro de minha nova condição, apenas conheço um remédio: nossa adaptação individual e coletiva à pratica real do Evangelho do Cristo.
Contra os corrosivos bichinhos do egoísmo degradante, usemos os anti-sépticos da Boa Nova.
- “Se alguém quiser alcançar comigo a luz divina da ressurreição – disse o Senhor -, negue a si mesmo, tome a cruz dos próprios deveres, cada dia, e siga os meus passos.”
Quando pudermos realizar essa caminhada, com esquecimento de nossas carunchosas suscetibilidade (melindres), estaremos fora do alcance dos sinistros micróbios da treva, imunizados e tranqüilos em nosso próprio coração.

Do livro: Cartas e Crônicas – escrito pelo irmão X – psicografado por Chico Xavier

sábado, 8 de maio de 2010

AS PROFISSÕES DE MINHA MÃE



Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso fundamental.
Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.
Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazíamos na escola, meu irmão e eu.
Em nossa casa, nunca faltou espaço para colocar os quadrinhos, os desenhos, os nossos ensaios de escultura em barro tosco.
Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.
Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo (nosso lar), todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meu irmão e eu.
Fosse a disputa pela bicicleta, pela bola, pelo último bocado de torta, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar os dois, era sempre a mais viável, correta, honesta e ponderada.
Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom, quando eu precisava colocar no papel as ideias desencontradas de minha cabecinha infantil.
Ela me fazia dizer em voz alta as minhas ideias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento.
Descobri que minha mãe era enfermeira, com menção honrosa, toda vez que meu irmão e eu nos machucávamos.
Ela lavava os joelhos ralados, as feridas abertas no roçar do arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no asfalto.
Depois, passava o produto antisséptico e sabia exatamente quando devia usar somente um pequeno band-aid, o curativo ou a faixa de gaze, o esparadrapo.
Descobri que minha mãe cursara a mais famosa Faculdade de Psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado.
E, depois, na adolescência, o namoro desatado, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola.
Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.
Era também pós-graduada em Teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo de alguns livros existentes no mundo.
O seu era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro, a presença de Deus.
Que nos apontava a fúria do temporal e dizia: Deus vela. Não se preocupem.
Que nos alertava a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que Ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.
Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava flores e vegetais com o mesmo amor. Quando colhia as verduras para as nossas refeições, dizia: Não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário.
Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los.
Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos Seus cuidados: alimentando as Suas criaturinhas.
Minha mãe, além de tudo, foi motorista particular. Não se cansava de ir e vir, várias vezes, de casa para a escola, para a biblioteca, para o dentista, para o médico, para o teatro e de volta para casa.
Também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá. E tudo isto em tempo integral.
Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na Espiritualidade. E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na Terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de anjo guardião dos filhos que ficaram na bendita escola terrena.

Redação do Momento Espírita.
PEÇAMOS EM NOSSAS PRECES PELAS MÃES DESENCARNADAS, PELAS MÃES QUE ADOTARAM FILHOS DE OUTRAS MÃES, PELAS MÃES QUE TEM FILHOS NAS PRISÕES, PELAS MÃES QUE OS FILHOS DESENCARNARAM, PELAS MÃES QUE SOFREM COM OS FILHOS QUE ESTÃO NOS VÍCIOS, PELAS MÃES QUE SÃO DESPREZADAS PELOS FILHOS, PELAS MÃES QUE SOFREM COM O SOFRIMENTO DOS FILHOS, PELAS MULHERES QUE SONHAM SER MÃES E NÃO CONSEGUEM, PELAS MULHERES QUE DISPENÇARAM A CHANCE DE SER MÃE PORQUE ABORTARAM, ENFIM, A TODAS MÃES, PRINCIPALMENTE AS QUE SOFREM DE ALGUMA FORMA..........