quarta-feira, 4 de abril de 2012

PERDI MEU FILHO! PERDI MINHA FILHA!


Perdi meu filho! Perdi minha filha!
Estas são expressões lacrimosas de pais vestidos de dor, pela morte dos seus filhos.
A lógica humana pondera que os pais devam morrer antes dos filhos. Seria a ordem natural das coisas. - Comenta-se.
No entanto, a vida tem suas próprias diretrizes e não segue a lógica que se lhe tenta determinar.
Cada ser tem seu tempo certo de vida. Seu momento de partir.
Cada criatura traz, ao nascer, a programação que estabelece o quantum de anos deva transitar sobre a Terra.
Por isso, inúmeras vezes, partem antes os filhos do que seus pais.
Isso sem se falar das mortes que ocorrem por conta e risco da imprudência, dos desatinos, das inconsequências mundanas.
De toda forma, o  processo de separação pela morte é extremamente doloroso, na Terra.
Acostumados  à vestimenta carnal, grosseira, impedidos de ver o mundo invisível, que  nos cerca, choramos a ausência dos que nos disseram o grande adeus, na  aduana da morte.
Chorando e lamentando, falamos de perda. Mas, como escreveu José Saramago: Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.
Eis  o ponto. Ninguém perde ninguém. Os filhos nos são confiados à guarda  pela Divindade. Os pais nos são oferecidos como portos de segurança.
Cada pessoa que nos conquista a afeição pode permanecer conosco um tempo mas, bem poderá ser convidada ao retorno, antes de nós.
Compete-nos,  portanto, estarmos preparados a fim de que não detenhamos as lutas  porque alguém se foi. Não nos vistamos de crepe porque a morte arrebatou  o ser amado do nosso lado.
Sobretudo não utilizemos palavras como perda, pois que o que se verifica é a ausência da presença física.
Os que partem prosseguem nutrindo por nós os mesmos sentimentos.
Se  nos amam, envolvem-nos com seus abraços espirituais de forma constante.  De onde se encontrem, trabalhando no bem, crescendo no progresso, nos  enviam suas mensagens de luz.
Aguardam-nos,  a cada noite, o desprendimento do corpo para dialogarem conosco mais  intensamente. E nos abençoam as lembranças, fazendo-nos tudo recordar  como um delicado sonho, ao despertar.
Alegram-se com nossas conquistas. Fazem-se presentes em nossas festividades e nos enxugam as lágrimas, nos dias de desolação.
Alimentam a nossa saudade com suas sutis presenças e, vez ou outra, espalham o perfume do seu amor, causando-nos doces emoções.
Incentivam-nos  nas lutas de cada dia e aguardam, paciente e amorosamente, que os anos  transcorram a fim de que se processe o reencontro.
Eles nos disseram Até logo mais, não Adeus.
Afetos ausentes. Não perdidos, nem desaparecidos.
Pensemos nisso e reformulemos nossos pensamentos e palavras.



Redação do Momento Espírita







Um comentário:

  1. vivo em agunia ´´penso que nada mais [é importante pois perdi minha fiha de 5 anos
    sofro tento mais nao consigo deixar de chorar de sentir dor...não sei o que faço com essa dor
    essa saudade....

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