O QUE FAZEMOS COM A MORTE,
O QUE A MORTE FAZ POR NÓS?
Falamos da morte como se a conhecêssemos intimamente, daí o inesperado, do nada desencarna alguém que nos é muito querido (a), este que nos acompanhou por grande parte de nossa vida, exemplo de caráter em nossa formação, cumplice de nossas dores e alegrias, e agora?
Tudo que conhecemos ou achamos que tínhamos domínio, de que vale, colocamos em dúvida, sofremos muito, muito mesmo, muitos se aproximam no intuito de nos confortar, mas é praticamente inútil, pois ele (a) foi embora e esta muito difícil lidar com a dor da perda. Tentamos nos agarrar a bens materiais como uma roupa, uma joia, ou até mesmo um pano de prato. Brigamos conosco mesmo pelas coisas que fizemos e também das de deixamos de fazer. Que ironia da vida, nos sentimos egoístas mesmo tendo estado ao lado dele (a) todo tempo dividindo nossas vidas. Passam se os dias, e a dor só aumenta, estamos encarando a realidade que não voltará mais. Nossos questionamentos aumentam, buscamos um culpado para a morte, e daí, ira trazer de volta nosso ente tão querido?
Passamos então a questionar outras religiões buscando resposta para isso, descobrimos que todas chegam ao mesmo ponto ou muito próximo.
Paramos para pensar por um minuto no sofrimento real deste ente querido, deixando de lado o nosso egoísmo em querer que fique ele também sofrendo conosco. A doutrina espírita nos ensina tanto sobre espíritos obsessores, e nós em nossa revolta pela partida nos esquecemos de que com toda essa busca por respostas e sofrimento constante nos tornamos obsessores deles, nossos entes tão amados...
A vida é uma passagem muito curta em nossa morada terrestre, ao invés de sofrer e fazermos sofrer, vamos nos concentrar em viver o melhor que pudermos, pois outros entes queridos estão aqui e dependem também do nosso amor, vamos fazer desta partida um motivo para nos dedicarmos ainda mais aos nossos semelhantes. A vida é incerta, tudo acontece e temos que aprender com isso da melhor maneira possível. A morte é certa e o reencontro é inevitável.
Que Deus em sua infinita bondade nos ampare.
Antonio Carlos de Almeida Marcondes
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