terça-feira, 31 de janeiro de 2012
DEVEMOS TEMER DEUS? - José Reis Chaves
domingo, 15 de janeiro de 2012
A SOCIEDADE ESTÁ PIOR? - J. Raul Teixeira
domingo, 8 de janeiro de 2012
O EXEMPLO DADO POR JESUS
“Zaqueu, desça depressa, porque hoje devo ficar em sua casa. Ele desceu rapidamente e o acolheu com alegria.” (Lucas, 19:5.)
Jesus, passando por Jericó, uma das mais antigas cidades do mundo, situada na Palestina, tinha à sua disposição inúmeras casas para se hospedar, mas ao observar Zaqueu, o cobrador de impostos da localidade e tido como homem de má vida, pelo seu enriquecimento ilícito, que o observava de cima de uma árvore, decidiu por ficar em sua casa.
Naquela oportunidade, o Mestre, dentro da sua inquestionável e reconhecida sabedoria, aproveitou o momento que se fez oportuno, pois que não perdia uma única chance de apresentar belas e expressivas lições à humanidade, para legar a todos nós mais um notável exemplo de compreensão e fraternidade.
Não só entrou na casa física de Zaqueu, para breve repouso, mas principalmente penetrou a casa mental do publicano, que após a decisão de Jesus, apresentou espontânea e significativa transformação ao afirmar, mesmo sob os protestos da multidão que não compreendeu o gesto do Cristo: “Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens, e, se defraudei alguém em algum coisa, vou restituir o quádruplo”.
O que Jesus pretendia com a sua decisão era exatamente isso, que Zaqueu direcionasse sua vida para outro rumo; o da dignidade, honestidade e honradez, pois que não cansava de dizer que “não necessitam de médicos os sãos, mas sim os doentes” (Mateus IX, 12).
Todos nós voltamos à Terra em sucessivas reencarnações, trazendo sempre na bagagem dos nossos ideais a imensa vontade de crescer rumo à perfeição a que estamos destinados. A condição inferior que ainda ostentamos impede que cheguemos à paz e à felicidade; consequentemente nos remete a uma posição de aflições e sofrimentos. Só será possível o crescimento espiritual se deliberamos nas mesmas condições de Zaqueu, criando mecanismos interiores, para que Jesus também possa se hospedar em nossa casa mental.
Hoje, não somos melhores do que foi Zaqueu ontem. Temos uma imensa gama de defeitos que precisam ser reparados e uma quantidade enorme de virtudes para serem adquiridas. Os recursos da Providência Divina estão sempre à disposição, mas para que permaneçam em nossas vidas necessitam de campo fértil, em nosso âmago, isto é, precisamos querer.
Zaqueu subiu em uma árvore para ver Jesus, simbolizando que precisamos subir nossa força de vontade para vislumbrar o Cristo e depois desceu rapidamente, atendendo alegremente ao seu chamado, e de nossa parte temos urgente necessidade de descermos do orgulho, da vaidade, do egoísmo, da inveja, da preguiça e de muito mais, defeitos que têm nos causado grandes prejuízos e feito correr rios de lágrimas.
Depois disso, imprescindível se torna que cuidemos muito bem das conquistas espirituais, pois que as materiais, embora importantes quando dentro do equilíbrio, são efêmeras, passageiras e não seguirão definitivamente conosco.
Poderemos observar, fazendo uma análise da nossa vida, quanto nos preocupamos mais com aquilo que é material, ilusório, fantasioso e descartável, em detrimento dos valores espirituais, aglutinadores de conquistas que nos farão realmente felizes.
Tomemos Zaqueu como exemplo e busquemos urgentemente por Jesus, não apenas na aparência ou em atos exteriores, mas o hospedemos em nosso coração para que ele possa modificar, de vez, a nossa vida.
Reflitamos...
WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
JESUS NA VISÃO ESPÍRITA
E, quando ele alcançou o patamar de Espírito puro, Deus o incumbiu de ser o Governador do nosso planeta. Ele, então, participou da formação de tudo.
Como explica Emmanuel: "em todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo (Deus), em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira reunião, aconteceu quando nosso planeta estava sendo formado, quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançasse, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródomos da vida na matéria em ignição, do planeta; e a segunda, foi quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção."
Mas, muitos séculos antes de sua vinda, Jesus destinou outros Espíritos, embaixadores de sua sabedoria e misericórdia para ensinar a Regra Áurea: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que se vos faça.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Mas, apesar dos povos receberem a lei de ouro da magnanimidade do Cristo, os profetas, administradores, juízes e filósofos procederam, muitas vezes, de maneira diferente da que pregavam. Então, Jesus resolveu nasceu entre nós. E, desde a infância viveu indiferente à sua própria felicidade, pois seus sonhos e ideais só objetivavam a felicidade alheia. Além de ensinar exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, nas praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.
Ele veio nos mostrar o caminho da “salvação”. E só através da vivência de seus ensinamentos estaremos "salvos" ou "livres" do mal que ainda se encontra dentro de muitos de nós. E é assim, que Ele aguarda que surja o homem novo (citado por Paulo de Tarso), a partir do homem velho (que somos nós).
Respeitamos os que escolheram outros iluminados como instrutores espirituais: Buda, Maomé, Confúcio, Zoroastro, Moisés, etc., mas, acreditamos que todos eles foram trabalhadores de Jesus enviados por Ele.
Por isso, Jesus é para o espírita “o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo.”
Compilação feita por Rudymara do Grupo de Estudo Allan Kardec (http://grupoallankardec.blogspot.com) retirada dos livros: "A Caminho da Luz"; "O livro dos Espíritos"; "Caminho, Verdade e Vida"; "O Evangelho segundo o Espiritismo"; "Em busca do homem novo".
DEUS NA VISÃO ESPÍRITA
A IGREJA É A CASA DE DEUS? Não. Jesus disse: “Há muitas moradas na casa de meu pai”, então entendemos que a casa de Deus é o Universo.
ONDE DEVEMOS ADORAR DEUS? Jesus respondeu esta pergunta para a samaritana dizendo: “(...) Virá a hora em que não será nem neste templo (que ficava na cidade da Samaria), nem em Jerusalém que adorareis o Pai. Deus é espírito e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram.” Em nosso relacionamento com Deus, julgamos que haveremos de encontrá-lo nos templos religiosos. Mas, se Deus é espírito, Ele está em todos os lugares, dentro e fora dos templos. E agradá-Lo, não é freqüentar templos religiosos, em dias e horas certas, ou então, utilizando práticas exteriores, e esquecer o fundamental, que é o combate às nossas imperfeições, no esforço de renovação íntima que marca a verdadeira religiosidade. Temos que ser verdadeiros (diante dos ensinamentos evangélicos) em todos os lugares, dentro e fora dos templos, no lar, no trabalho, na rua, no trânsito, etc . . . Nos templos buscamos o entendimento e o fortalecimento para enfrentarmos os problemas, as dores, as aflições que apareçam em nossas vidas.
JESUS FOI DEUS ENCARNADO? Não. Em vários momentos Jesus deixou claro que ele não era Deus. E um desses momentos foi quando em seu momento final na Terra disse: “Pai, nas suas tuas mãos entrego meu Espírito.” Mesmo após a sua morte e ressurgimento espiritual, Jesus continua a demonstrar, com suas palavras, que permanece a dualidade e desigualdade entre ele e Deus: "Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus." - (Jo 20:17)
DEUS CASTIGA? Não. Deus não julga cada ato das pessoas. Deus faz leis que regem a vida universal e, para cada ato há uma conseqüência que vem naturalmente e automático. Por exemplo: As leis dos homens são elaboradas pelos deputados. Quando alguém transgride alguma dessas leis e é condenado à prisão, ninguém diz: “Os deputados me castigaram!” Assim acontece com a lei divina. Deus fez leis que devem ser seguidas, mas quando transgredimos uma delas e sofremos as conseqüências não devemos dizer: “Deus me castigou!” Na verdade estamos sendo julgados pela lei Dele, ou melhor, colhendo o que plantamos.
O PAPA É REPRESENTANTE DE DEUS NA TERRA? Não. Alguém auto-eleger-se como representante de Deus, estando na sua condição de humanidade, sujeito às vicissitudes não deixa de ser um salto muito audacioso, porque ao representar Deus, de alguma forma, assume-Lhe a postura. Nós o consideramos o chefe da Igreja, o chefe político, o chefe ideológico, o chefe social, mas um cidadão, embora nobre, igual a qualquer um de nós.
NÓS VEREMOS DEUS APÓS A DESENCARNAÇÃO? "Ninguém jamais viu a Deus", afirma João em sua epístola (I 4:12). Por que não? Porque "Deus é Espírito" (assim ensinou Jesus à mulher samaritana, em Jo 4:24) e, como tal, não pode ser percebido pelos sentidos comuns, materiais. Não podemos ver Deus com os olhos do corpo. Embora nos seja invisível, Deus não nos é totalmente desconhecido. Se não se mostra aos olhos do corpo, Ele se faz evidente ante nossa compreensão por todas as suas obras (a Criação) e podemos senti-Lo espiritualmente, nas vibrações do seu infinito amor. Quanto mais desenvolvermos nosso conhecimento e sensibilidade espiritual, mais "veremos" a Deus, percebendo, entendendo e sentindo sua divina presença e ação em tudo o que existe, em tudo o que acontece. "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus." (Jesus -Mt 5:8)
ONDE PODEMOS ENCONTRAR A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS? Nesta frase usada pelos cientistas: NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem, e a nossa razão nos responderá. Para acreditar em Deus, basta lançarmos os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada possa fazer alguma coisa.
Compilação de Rudymara retirado dos livros: O livro dos Espíritos; Levanta-te!; e de entrevistas de Divaldo Franco; Therezinha Oliveira e algumas observações de Rudymara do GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC http://grupoallankardec.blogspot.com
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO
Jesus nos coloca como ponto de referência.
Por isso recomenda que amemos o próximo como a nós mesmos nos amamos.
Quem se ama preserva a saúde.
Quem se ama não bombardeia o seu corpo com elementos nocivos, nem o espírito com a ira, a inveja, o ciúme, a vingança, o ódio, etc.
Quem ama a Deus acima de todas as coisas, respeita toda sua criação e suas leis. Respeita seus semelhantes porque sabe que todos fomos criados por ele e que ele a todos nos ama.
Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo.
Redação do Momento Espírita
Observação: Amar a Deus é cuidar, respeitar, preservar, conservar tudo o que Ele criou, e isto corresponde ao próximo, a fauna, a flora, o planeta e a nós mesmos.
Retirado do blog http://grupoallankardec.blogspot.com
OS CRISTÃOS BÍBLICOS E OS DOGMÁTICOS ANTIGOS - José Reis Chaves
Nós devemos saber se os Espíritos são bons ou maus (1 João 4:1). É que os Espíritos que se manifestam são de vários tipos e não o do próprio Deus. E São Paulo chega a dizer que umas pessoas têm o dom de discernir Espíritos (1 Coríntios 12:10). As traduções bíblicas trazem muito a palavra Espírito com a letra inicial maiúscula, como se fosse o do próprio Deus, e com o artigo definido “o”, em vez do indefinido “um”, que, salvo as exceções, é o certo, de acordo com os originais em grego ou hebraico. Assim, o correto seria “um Espírito santo” ou “spiritus bônus”, como diz São Jerônimo na Vulgata Latina, e não o Espírito Santo. E o homem descobriu primeiro os Espíritos dos mortos, depois o de Deus.
A Bíblia está cheia de manifestações de Espíritos, que os tradutores chamam de anjos. Mas a palavra anjo, nos originais em grego (“aggelos”) e em latim (“angelus”) significa enviado, “office-boy” do mundo espiritual. E onde está escrito na Bíblia que esses Espíritos são o Espírito do próprio Deus (chamado de Espírito Santo)? Que se chame o Espírito do próprio Deus de Espírito Santo, tudo bem, pois Deus é o Espírito Santo por excelência, o que, porém, é diferente do Espírito Santo ou Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, do que discordo, embora eu O respeite. Na verdade, o Espírito Santo é o conjunto de Espíritos humanos avançados em evolução, o que todos, um dia, seremos. O Espírito Santo, no fundo, somos, pois, todos nós, embora muitos de nós só nos tornaremos santos mesmo no futuro. Por enquanto, o somos apenas em estado potencial ou como sementes. Somos santuário dum Espírito Santo (1 Coríntios 6:19).
Por serem os Espíritos bíblicos de vários níveis de evolução, muitas passagens da Bíblia não podem ser tomadas como certas. Umas, sim, mas não que o Espírito responsável por elas seja o do próprio Deus, podendo ser de Deus no sentido de ser do bem. E é por isso que temos que examinar os Espíritos, para concluirmos se devemos dar crédito a eles ou não, pois as profecias e revelações são feitas por eles, e muitas delas são falsas, exatamente porque os Espíritos são falsos profetas. (Números, 11:24 a 30; 1 João 4:1; e 1 Coríntios 14:30), lembrando que o médium é também profeta.
Uma polêmica que sempre dividiu os cristãos bíblicos e os dogmáticos antigos é o dogma da divindade de Jesus. De um lado, os teólogos do “partido” dos atanasianos (seguidores de Santo Atanásio) a favor dessa doutrina instituída no Concílio Ecumênico de Niceia (325), e do outro, os contrários, representados pelos teólogos do “partido” dos arianos (seguidores de Ário). E os dogmas eram impostos à força, pois, naqueles tempos passados, a Igreja era unida com o poder civil que lhe dava cobertura nas suas decisões doutrinárias dogmáticas. E toda doutrina que virou dogma, geralmente, é porque é polêmica, e é polêmica porque seu fundamento bíblico é duvidoso, quando não, contrário à Bíblia. Os espíritas preferem a Bíblia aos dogmas. Mas a própria Bíblia tem também as suas contradições, que não podem ser atribuídas a Deus.
Lemos nela que foi Deus que entregou as Tábuas dos Dez Mandamentos a Moisés (Êxodo 24:12). Mas, em outra parte, Atos 7:30, foi um Espírito (anjo) que as entregou a Moisés!
Retirado da Revista "O CONSOLADOR"
A IGREJA RELUTA, MAS O POVÃO VAI LOGO CONSIDERANDO MILAGRE
É superstição tratar fenômenos espirituais como sobrenaturais
Antes que a humanidade descobrisse Deus, ela conheceu os espíritos. E foi através deles que ela O encontrou. O politeísmo surgiu da confusão que as pessoas fizeram entre Deus e os espíritos desencarnados. Na própria Bíblia, embora seus seguidores creiam num só Deus, os numerosos espíritos manifestantes nela são, muitas vezes, confundidos com o Espírito de Deus. E os próprios autores da Bíblia, às vezes, fazem essa confusão. Se Deus ama seus filhos com amor infinito, Ele não nos discrimina, criando-nos imperfeitos, enquanto cria os anjos já perfeitos. Realmente, seu amor infinito para conosco não poderia comportar tal discriminação! Os anjos são espíritos humanos avançados em sua caminhada evolutiva sempiterna, a qual, entretanto, começou também, como a nossa, lá em baixo. Assim, se eles estão, hoje, no nível de perfeição elevada, foi por mérito, por esforço próprio, exatamente como acontece conosco, pois o reino dos céus é conquistado por esforço (Mateus 11: 12).
A cada um é dado de acordo com suas obras (Mateus 16: 27). Ademais, o Nazareno nos ensina que tudo o que Ele fez, nós faremos também e até obras maiores do que Ele fez (João 14: 12). E observemos que o verbo fazer está no futuro (faremos), pois vai depender da nossa evolução espiritual e moral, isto é, quando formos perfeitos à semelhança dos que já são anjos.
Do lado oposto, temos os demônios ("daimones" em grego), que muitos cristãos consideram erradamente como sendo apenas espíritos maus (anjos maus). Na verdade, como dissemos acima, demônios são espíritos humanos com seus vários níveis diferentes de evolução: demoníacos (muito atrasados); mais ou menos (a maioria de nós); e os já angélicos (já bem evoluídos). A ideia bíblica de que os demônios eram anjos que se rebelaram contra Deus é uma analogia com a metáfora da queda de Adão e Eva, que já tinham inteligência antes de pecarem. A sua inteligência é, pois, causa do pecado, e não efeito como lemos na Bíblia (Gênesis 3:7). Se o homem pecou antes de ter inteligência, os animais pecariam também! A esses anjos rebeldes o espiritismo chama de espíritos exilados de Capela (na Bíblia: Gênesis 6:2). Deus não acaba com os demônios, exatamente porque eles são espíritos humanos, apenas atrasados, e cujo livre-arbítrio Deus respeita. Caso contrário, Deus os aniquilaria, para que vivêssemos em paz, sem suas obsessões e tentações contra nós. E, também, como nos ensina a parábola do joio e do trigo, nós temos que conviver com o joio, que representa esses espíritos atrasados, companheiros nossos de jornada evolutiva, desencarnados e encarnados, que, um dia, como nós, eles serão também espíritos angélicos.
Lembramos aqui que o nome do espírito Anjo Gabriel significa "Homem Iluminado".
Os fenômenos chamados de sobrenaturais e milagrosos ou de dons espirituais, de são Paulo, têm assombrado (deste verbo vem a palavra assombração) todos os povos, e são provocados por espíritos através de algum médium especial perto.
Supor que há intervenção de Deus direta neles, por mais fantásticos e deslumbrantes que eles sejam, é superstição, pois são fatos apenas espirituais ou mediúnicos, confirmados por cientistas até de prêmio Nobel!
A própria Igreja reluta em aceitar a veracidade desses fatos que o povão vai logo considerando como sendo milagrosos ou sobrenaturais!
José Reis Chaves
Ilustração: Fra Angelico, 'A Disputa de São Domingos e o Milagre do Livro' (1430-1432)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
O QUE FAZEMOS COM A MORTE
O QUE FAZEMOS COM A MORTE,
O QUE A MORTE FAZ POR NÓS?
Falamos da morte como se a conhecêssemos intimamente, daí o inesperado, do nada desencarna alguém que nos é muito querido (a), este que nos acompanhou por grande parte de nossa vida, exemplo de caráter em nossa formação, cumplice de nossas dores e alegrias, e agora?
Tudo que conhecemos ou achamos que tínhamos domínio, de que vale, colocamos em dúvida, sofremos muito, muito mesmo, muitos se aproximam no intuito de nos confortar, mas é praticamente inútil, pois ele (a) foi embora e esta muito difícil lidar com a dor da perda. Tentamos nos agarrar a bens materiais como uma roupa, uma joia, ou até mesmo um pano de prato. Brigamos conosco mesmo pelas coisas que fizemos e também das de deixamos de fazer. Que ironia da vida, nos sentimos egoístas mesmo tendo estado ao lado dele (a) todo tempo dividindo nossas vidas. Passam se os dias, e a dor só aumenta, estamos encarando a realidade que não voltará mais. Nossos questionamentos aumentam, buscamos um culpado para a morte, e daí, ira trazer de volta nosso ente tão querido?
Passamos então a questionar outras religiões buscando resposta para isso, descobrimos que todas chegam ao mesmo ponto ou muito próximo.
Paramos para pensar por um minuto no sofrimento real deste ente querido, deixando de lado o nosso egoísmo em querer que fique ele também sofrendo conosco. A doutrina espírita nos ensina tanto sobre espíritos obsessores, e nós em nossa revolta pela partida nos esquecemos de que com toda essa busca por respostas e sofrimento constante nos tornamos obsessores deles, nossos entes tão amados...
A vida é uma passagem muito curta em nossa morada terrestre, ao invés de sofrer e fazermos sofrer, vamos nos concentrar em viver o melhor que pudermos, pois outros entes queridos estão aqui e dependem também do nosso amor, vamos fazer desta partida um motivo para nos dedicarmos ainda mais aos nossos semelhantes. A vida é incerta, tudo acontece e temos que aprender com isso da melhor maneira possível. A morte é certa e o reencontro é inevitável.
Que Deus em sua infinita bondade nos ampare.
Antonio Carlos de Almeida Marcondes