quarta-feira, 24 de outubro de 2012

VIANNEY, O VIGÁRIO QUE CURAVA





No capítulo VIII do O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 20  temos a comunicação de um espírito que quando encarnado foi um cura de Ars, ou seja, foi um vigário da cidade chamada Ars (interior da França) cujo nome era Vianney (foto acima). Ele realizava curas quando estava encarnado.
Esse capítulo nos mostra uma pessoa cega que procurou um (a) médium para evocar Vianney para que este a curasse.
Vianney atendeu ao chamado e disse: “Por que me chamaste? Para que eu imponha as mãos sobre esta pobre sofredora que está aqui, e a cure? Ah, que sofrimento, bom Deus! Perdeu a vista e as trevas se fizeram para ela. Pobre criança! Que ore e espere. Todas as curas que obtive, e que conhecem, não atribua senão Àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas aflições, voltai sempre os olhos para o céu, e dizei, do fundo do coração: “Meu Pai, curai-me, mas fazei que a minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes . . .”
·         A primeira observação que fazemos  nessa  comunicação  é  que, Vianney  deixa  claro que  as  curas  que realizava só eram possíveis porque Deus permitia. Pois, muitos não conseguem obter a cura, e acabam achando que o curador é um charlatão, etc. Na verdade, é que Deus não permitiu. Porque Ele sabe o que é melhor para nós. O médium curador (santos e santas) é (são) apenas um instrumento de Deus.
·          A segunda observação é que “Não há doença, há doente”, como disse Joanna de  Ângelis. A Terra  é um planeta que ainda abriga Espíritos rebeldes à lei de Deus, ignorantes e maldosos. Portanto, são Espíritos doentes (da alma). Quando curarmos as doenças da alma, ou seja, quando tivermos o coração livre das impurezas, não haverá mais doenças no corpo físico.
·         A terceira observação é em relação a nossas aflições. Quando uma aflição não é consequência dos atos da vida presente, é necessário procurar a sua causa numa vida anterior. Lembrando que a maioria das aflições são causadas na vida presente. Vivemos abusando do nosso livre arbítrio, correndo na contra mão da vida a 200 km por hora, e dizendo que as conseqüências são do passado. Por exemplo: Um dia, um pai chegou a Chico Xavier e disse que o filho havia morrido num acidente de carro, e que ele queria saber se era um "carma" que o rapaz tinha que passar. Chico respondeu que era falta de "calma” nessa vida, o rapaz corria demais com o carro, foi imprudência. 
·         A quarta observação é sobre pessoas que procuram nos Centros Espíritas o dia de “consulta”. Essas pessoas, geralmente, querem dos Espíritos um milagre, como fez a cega que buscou a médium para evocar Vianney. Elas não buscam “consultar” os livros da Codificação que explicarão o porquê das dores e aflições, ou então, “consultar” os Espíritos de Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Bezerra de Menezes, etc.,  através dos livros espíritas, que são orientações baseados no receituário divino que é o Evangelho, trazido pelo médico de  nossa alma, que é JESUS.  Somente seguindo esse receituário divino curaremos as chagas de nossa alma, para não sofrermos dores e aflições no futuro. O remédio desse receituário, ás vezes, é amargo. Por isso muitos fogem, querendo um “milagre” que não precise fazer o sacrifício de engolir o remédio da abstinência dos vícios, dos erros, das falhas morais. As pessoas não querem entender as propostas de Jesus, não querem fazer a reforma íntima, enfim, só querem receber, mas não querem sacrificar, renunciar às coisas que lhe fazem mal.
Como disse Richard Simonetti: "Evidentemente, não é fácil. Cada encarnação é como um filme, mudam os cenários, mas o enredo é sempre o mesmo: começamos a vida como “mocinhos”, dispostos a mudar o mundo e, geralmente, terminamos como “bandidos”, comprometidos por vícios e mazelas (fraquezas)."
Como diz André Luiz: “contra a pálida réstia de luz do presente, simbolizada pelo desejo de melhorar, há montanhas de trevas do passado.”



Rudymara  -   (grupoallankardec.blogspot.com)



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