domingo, 4 de dezembro de 2011

O ESPIRITISMO É RELIGIÃO?



O Espiritismo é uma ciência (estuda as manifestações dos espíritos através da mediunidade), é uma filosofia (questiona: quem somos; de onde viemos; porque estamos aqui; para onde iremos depois da morte física), com consequencias religiosas. Porque, a ciência e a filosofia só tem explicação se buscarmos quem rege suas leis (Deus). A ciência e a filosofia sem a moral religiosa seria um desastre. Para Kardec moral e religião se equivalem. "A Ciência e a Religião são duas alavancas da inteligência humana; uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral." ( O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 8).
POR QUE O ESPIRITISMO NÃO FOI APRESENTADO LOGO COMO RELIGIÃO?
Por duas razões:
1) A fim de evitar rejeição e até perseguição prematura os bons espíritos aguardaram a maturidade da inteligência humana. Primeiro estabeleceram os fundamentos filosóficos e científicos.
2) Porque, na opinião geral, a palavra "religião" é inseparável do "culto", coisa que o Espiritismo não tem. Exemplo: dogmas, casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, cerimônias, privilégios e a mistificação e os abusos. (Kardec, discurso em 1º/nov./1868 - RE dez/1868)

Portanto, precisamos intensificar, nas casas, instituições e departamentos espíritas, a explicação do porque precisamos mudar nossas atitudes e as consequencias quando não mudamos. Há casas preocupadas com o grande número de frequentadores sem se preocupar com a qualidade dos ensinamentos. Muitos procuram a casa espírita para se beneficiar "materialmente", com curas, consultas vãs com espíritos, cartas consoladoras, afastar obsessores, cestas básicas, etc. Exemplo: há pessoas que pegam cestas básicas em vários lugares, mentem, ficam acomodadas. Isto é cristão? Não. Nem da parte de quem busca e nem de quem doa. Outros buscam passe como buscam hóstia. Há quem frequente o passe como se fosse missa ou culto evangélico onde: entra, ouve, toma passe e vai embora como se já tivesse cumprido a obrigação com Deus. Mas lá fora, perante a família e a sociedade, agem como se a atitude moral religiosa não fosse importante.  Há dirigente ocupando grande tempo para sofisticados passes ou rituais de cura ao invés de aprimorar os ensinamentos moral religioso. Dentro da casa espírita há palestrante pregando mudança de comportamento, mas fora dela fuma, bebe e tem atitude diferente do que prega. Enfim, estamos agindo como "uma religião a mais", errando onde Kardec tentou evitar que errássemos e onde muitas religiões erraram no passado e erram até hoje. Mas nós, espíritas, fazemos pior que tais religiões. Por que? Porque temos mais conhecimento. Então perguntemos: O que estamos ensinando para estas pessoas? Estamos ensinando a busca do religiosismo (culto externo) ou da religiosidade (qualidade de ser religioso)? Que exemplo os espíritas estão dando para motivar esta mudança? Precisamos rever nossas atitudes.  
 








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