terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PARÁBOLA DO SEMEADOR


Jesus contou a parábola do semeador:

“Um semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para nele semear os grãos de trigo que possuía. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho, e os passarinhos comeram. O semeador continuou semeando, e as sementes caíram num lugar cheio de pedras e pouca terra, onde a raiz não se aprofundou, por isso, as sementes cresceram mas morreram logo. Outros grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Lá o trigo também cresceu, mas foi sufocado pelos espinhos e morreu. Uma última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos pedregulhos e dos espinheiros. Aí o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada grão produziu outros cem, outros sessenta ou outros trinta . . .

Conclusão: Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e sabedoria. E os diversos terrenos são nossos corações. Portanto, Jesus lança a Palavra, ou seja, Seus ensinamentos em nossos corações. E cada um de nós aproveita a Palavra de uma maneira.

Rodolfo Calligaris explica: Conforme a, sua má ou boa vontade na aceitação da palavra de Deus, e a maneira como procedem após tê-la ouvido, os homens podem ser classificados como "beira de caminho", "pedregal", "espinheiro" ou "terra boa”.

A primeira classificação refere-se aos indiferentes, isto é, aos indivíduos ainda imaturos, não preparados para tal semeadura, indivíduos que se expressam mais pelo estômago e pelo sexo e cujos corações se mostram insensíveis a qualquer apelo de ordem mais elevada.

A segunda diz respeito a. uma classe de pessoas de entusiasmo fácil, que, ao se lhes falar do Evangelho, aceitam-no prontamente, com júbilo; mas, não encontrando, dentro de si mesmas forças suficientes para vencerem o comodismo, os vícios arraigados, os maus desejos, etc., sentem-se incapazes de empreender a reforma de seus hábitos, a melhora de seus sentimentos, e, se acontece surgirem incompreensões e dificuldades por causa da doutrina, então esfriam de uma vez, voltando, rápido, a rotina de vida que levavam.

Os da terceira espécie são aqueles que, embora já tenham tido "notícias" dos ensinamentos evangélicos, e os admirem, e os louvem até, sentem-se, todavia, demasiadamente presos às coisas materiais, que consideram mais importantes que a formação de uma consciência espiritual. Os medos do futuro, a luta pela conquista de garantias pessoais, vantagens e luxuosidades, sufocam, no nascedouro, os sentimentos altruísticos ou qualquer movimento de alma que implique a renúncia aos seus queridos tesouros terrestres.

Os definidos por último personificam os adeptos sinceros, nos quais as lições do Mestre Divino encontram magníficas condições de receptividade. Abraçam o ideal cristão de corpo e alma, e se esforçam no sentido de pô-lo em prática. Embora sofram tropeços e fracassem algumas vezes, perseveram animosos, resultando de seu trabalho abençoados frutos de benemerência e de amor ao próximo.

"Quem tenha ouvidos de ouvir, ouça”.

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