quarta-feira, 28 de abril de 2010

REFLEXÃO DE UM LÍDER ESPIRITUALISTA


A CRISE E A ESPERANÇA
O QUE DIZ O SEGUIDOR DE YOGANANDA


Texto • José Tadeu ArantesFonte: Revista Bons Fluidos Fevereiro 2009 edição 119

Paramahansa Yogananda (1893-1952) foi um dos primeiros mestres espirituais indianos a vir para o Ocidente. Sua Autobiografia de um Iogue se tornou livro de cabeceira para milhões de pessoas, inspirando-as a buscar a espiritualidade. Seguidor desse grande iogue e monge da instituição por ele fundada, o irmão Naradananda tem-se dedicado, há mais de três décadas, a espalhar a mensagem de Yogananda. Nascido nos Estados Unidos, ele foi engenheiro antes de se tornar monge, em 1977. Hoje, dirige um ashram (retiro iogue) em Hidden Valley, Califórnia. Naradananda esteve recentemente no Brasil, quando concedeu esta entrevista para BONS FLUIDOS.


BONS FLUIDOS - Como o senhor vê a época em que estamos vivendo?

NARADANANDA - É um período de caos, confusão e tumulto em todos os níveis. A consciência humana está tentando se expandir. Mas há fortes resistências. Daí o desconforto. Acredito, porém, que as mudanças ocorrerão rapidamente. Estamos muito perto da passagem para uma nova era.


BF -Sri Aurobindo disse algo semelhante há mais de 80 anos.

N - Em cada época, há indivíduos que vão muito além da maioria, transcendendo as limitações de seu tempo. Sri Aurobindo foi um desses homens. Por outro lado, existem também os resistentes, os que se apegam a velhos hábitos, principalmente os mentais. Por isso, a transição se atrasou.


BF - O que podemos fazer para acelerar essa passagem?

N - Acordar de manhã e meditar ou rezar com o propósito de aprofundar nosso relacionamento com o sagrado. Também despender algum tempo rezando pelos outros, pelas nações e pelo mundo. À noite, fazer a mesma coisa, nem que seja por apenas dez minutos. Se muita gente fizer isso, a vibração do planeta mudará.


BF - Práticas como a hata-ioga podem ajudar?

N - Certamente. Mas como parte de um sistema mais amplo de ioga. O principal benefício da hata-ioga é preparar o corpo para permanecer mais tempo sentado, em meditação. Também ajuda a levar uma vida balanceada: comer corretamente, repousar na hora certa, cultivar bons pensamentos, praticar bons relacionamentos. Principalmente, lembrar que não somos apenas nossos corpos. Somos parte de Deus.


BF - Com base no famoso Calendário Maia e em outros indícios, muitos praticantes espirituais acreditam que o grande salto evolutivo ocorrerá em 2012. O que o senhor pensa disso?

N - Quanto mais conseguirmos sintonizar nossa consciência com Deus, mais rápida e menos dolorosa será a passagem. Como já disse, a oração é muito poderosa nesse sentido: prece para si mesmo, prece para os outros, prece para as nações, prece para o mundo. Principalmente, devemos rezar para que Deus nos ajude a sermos mais espirituais. Vivendo uma vida mais espiritualizada, cada um pode fazer a sua parte. E isso afeta o mundo todo.


BF - Que conselho o senhor daria para as pessoas que se sentem inseguras e amedrontadas diante deste tempo de incertezas?

N - Transforme a si mesmo e esteja em sintonia com Deus. Então, aconteça o que acontecer, tudo estará bem. Yogananda disse: “Com Deus, tudo é divertido. Sem Deus, tudo é tudo, menos divertido”.


Postado por Fátima Carvalho - São José dos Campos

terça-feira, 27 de abril de 2010

CRÍTICA SOBRE O FILME: "CHICO XAVIER"

Fui ontem, na noite de estréia, assistir ao filme mais badalado dos últimos anos: Chico Xavier - O Filme. Sessões lotadas e muita expectativa. Uma expectativa que Adicionar imagempodia ser notada no semblante de cada um que encarava aquela fila. Uma salada etária e, provavelmente, recheada de muitos credos.
O filme é de uma beleza incrível. Conta a história de um dos maiores e mais respeitados espíritas do mundo - Chico Xavier - (interpretado nas três fases de sua vida por Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier), desde a sua infância até a sua morte, ou melhor, até a sua desencarnação.
Com relação a filmes, costumo brincar dizendo que adoro saber o final antes de assisti-lo. E neste, em particular, disse a todos que estavam lá comigo, que já sabia o que aconteceria... que seria moleza. Disse em alto e bom tom: Fácil, fácil esse final: o Chico morre no final!
Sessão lotada acomodamo-nos nas primeiras filas do cinema, e mesmo que tudo pudesse nos levar a uma pré-impressão do que seria o filme, qual o seu significado e qual o seu objetivo, engana-se quem imaginou que o filme seria uma propaganda ao espiritismo ou mesmo uma publicidade ao próprio Chico Xavier.
O filme é apenas a celebração de um grande homem, que este ano, caso estivesse vivo (encarnado), completaria um século de vida. Deste, seriam 96 anos de dedicação, não à doutrina espírita, mas à bondade, ao desejo de servir ao próximo.
O filme emociona, alegra e nos faz refletir o quanto e por tão pouco sacrifício, fazer o bem é um exercício que fortalece a nossa alma.
A vida de Chico Xavier foi marcada por sacrifícios. Ele enfrentou-os e seguiu em frente. Ajudou e foi ajudado. Sobreviveu a uma enxurrada de acusações, críticas e desconfianças. Muitos de nós passamos por tudo isso.
Mas a grande virtude do Chico (a gente se sente tão íntimo do mestre espírita) foi, sem dúvida, a sua capacidade de transformar essas dificuldades a favor do bem. A bondade era sua, sempre presente, companhia.O filme é extremamente lindo. Surpreendente a maneira como Daniel
Filho (Diretor) retratou a vida e obra do Chico Xavier.
O filme não tem a pretensão de formar novos seguidores do espiritismo. Mas não há um segundo sequer do filme que você, espírita ou não-espírita, não se emocione, não se questione. Muitos se verão neste filme.Pois bem, recomendo a todos que venham assistir ao filme.
Aqui, na sessão de estréia, além da beleza do filme, uma certeza: O Chico não morreu... Enquanto houver a bondade, ele estará vivo. Eu errei o final do filme, mas o pós- filme me surpreendeu ainda mais...Encerra-se o filme e as pessoas saem... Silêncio... Um lindo silêncio...Coisa mais linda que eu já pude presenciar em um cinema em toda a minha vida.

Obrigado Chico, esteja em Paz!

Vá assistir ao Chico. Eu recomendo.

Tarcisio Passos Crítico de Cinema

domingo, 25 de abril de 2010

QUAL A IMPORTÂNCIA DO CULTO CRISTÃO NO LAR?

O culto cristão no lar é uma reunião singela e fraterna em que os membros da família, juntos em torno de uma mesa, consagra minutos importantes para falar no Cristo, dedicar-se à oração e alimentar a alma, fugindo ao burburinho e correria que diariamente enfrentam pela sobrevivência material, cheios de afazeres e obrigações.
Nele começa a grande obra da família, pois, quando sabemos dedicar energia e tempo para fins superiores, demonstramos boa vontade e fé para recebermos do Mais Alto incumbências preciosas.
Nossa semeadura, mesmo que em momentos breves dedicados aos valores espirituais, reverterá amanhã em fortuna real incorrosível dos sentimentos e virtudes a se aquilatarem em nossos corações.
O culto no lar não é uma reunião eminentemente espírita; os adeptos de qualquer religião podem e devem realizá-lo, pois se fundamenta no Evangelho do Cristo, cuja linguagem de amor e sabedoria é universal.
O que não podemos é deixar a preguiça e as preocupações materiais absorverem-nos, de tal modo, que não sobrem sequer alguns minutos por semana para imergirmos no mar da lição cristã. Temos nossas necessidades espirituais, que somente serão sanadas trabalhando-se a alma, como bem explicou Allan Kardec: "Há um elemento que não se ponderou bastante e sem o que a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral".
Esta reunião é tão importante, que é utilizada pela Espiritualidade como instante de socorro a espíritos sofredores, como grupo de estudos, de comunhão com as entidades que nos amparam e assistem no dia-a-dia e até mesmo, como posto avançado de trabalho de colônias espirituais, logicamente que tudo isso em lares onde há disciplina evangélica e equilíbrio cristão, o que eqüivale a dizer onde há sinceridade, esforço e amor ao Cristo.
"Institua o Evangelho no Lar. Quando nos reunimos para estudar os ensinamentos de Jesus é como se abríssemos as portas de nossa casa aos benfeitores espirituais, da mesma forma que desentendimentos e brigas, gritos e xingamentos, favorecem o assalto das sombras."


JESUS CONTIGO
Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.
Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos.
Jesus no Lar é vida para o Lar.
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.
Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.
Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes à rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar.
E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo.

Joanna de Ângelis – do livro: Messe de Amor

terça-feira, 20 de abril de 2010

DIVALDO FRANCO FALA SOBRE PRETO VELHO NA VISÃO ESPÍRITA

UM ESPÍRITO QUE SE APRESENTA PARA O GRUPO COMO PRETO VELHO OU PRETA VELHA E SE DIZ ORIENTADOR DE SOFREDORES E AMIGO OU AMIGA DO GRUPO, PODE SER LEVADO A SÉRIO?
Não pode. Este espírito pode ser muito bom, mas é muito ignorante. E a nossa tarefa é retirar a ignorância.
Notem bem: Por que ele tem que ser um preto velho? Doutor Bezerra é velho e não é branco velho. Notem uma discriminação. Está no nosso inconsciente discriminar. Se chegar um índio velho ele dirá que é um vermelho velho? Se chegar um japonês ele dirá que é um amarelo velho? Portanto há um atavismo. O espírito pode chegar porque ele na Terra foi e esteve num corpo de um preto velho. Quando ele diz: “EU SOU UM PRETO VELHO.” Nós diremos: “NÃO MEU IRMÃO, VOCÊ FOI, VOCÊ AGORA NÃO TEM COR. VOCÊ SUPEROU. ESTA ENCARNAÇÃO FOI MUITO BENÉFICA PARA VOCÊ, DESENVOLVEU SUA HUMILDADE, MAS AGORA NOTE QUE VOCÊ É UM ESPÍRITO E ESPÍRITO NÃO TEM COR. VOCÊ PODE ASSUMIR OUTRAS ENCARNAÇÕES. ENTÃO, TIRE DA SUA MENTE ESTA CONDIÇÃO DE ESCRAVO.”
É que nós gostaríamos de ter escravos no além, para fazer trabalhos não muito dignos, porque achamos que eles são fortes, acreditamos que as coisas que os guias não fazem eles fazem. Quer dizer que nós deixamos para ele a tarefa do lixo? E existe lixo no plano espiritual? Ou são nossas paixões e degredos? Devemos dizer:”O IRMÃO É MUITO BEM RECEBIDO, MAS ESTA POSIÇÃO QUE VOCÊ É UM PRETO VELHO, ESCRAVO E NÓS SOMOS SENHORES, NEGATIVO.” Não somos senhores nem dos nossos atos. Quem era mãe Maria, agora é irmã Maria, porque este atavismo é piegas. E o espírito vai continuar com aquela imantação e não progride. Acha que para progredir tem que nos fazer favores. Então, temos que acabar com esta conceituação que desmerece os espíritos.

MENSAGEM DE CHICO XAVIER NO 3º CONGRESSO ESPÍRITA

terça-feira, 13 de abril de 2010

COMO NASCERAM OS LIVROS DA CODIFICAÇÃO?

O primeiro livro espírita a ser codificado por Allan Kardec foi “O Livro dos Espíritos”, que apresenta-se na forma de perguntas e respostas, totalizando 1.019 tópicos. Foi o primeiro de uma série de cinco livros editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema. As médiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro. Após o primeiro esboço, o método das perguntas e respostas foi submetido a comparação com as comunicações obtidas por mais de dez médiuns franceses, cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, no Palais Royal, na capital francesa, contendo 550 itens. Só a partir da segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1019 perguntas e respostas. Este livro está dividido em quatro (4) partes, e de cada parte nasceram os demais livros da codificação.
1ª PARTE : DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: deu origem ao 5º livro "A GÊNESE" (1868). Este livro, além de representar a maturidade do pensamento kardequiano em torno da Doutrina Espírita, traz de forma lógica e reveladora, considerações acerca da origem do planeta Terra; explica a questão dos milagres, a natureza dos fluidos, os fatos extraordinários e as predições contidas no Evangelho;
2ª PARTE: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS: deu origem ao 2º livro "O LIVRO DOS MÉDIUNS" (1861). Também conhecido como guia dos médiuns e dos evocadores, o livro dá seqüência ao “O Livro dos Espíritos”. Ele trata do tema central da Doutrina: a atuação dos médiuns e o relacionamento deles com os Espíritos desencarnados. Trata também da Ciência espírita e apresenta uma série de definições para as atuações e tipos de médiuns, bem como para os Espíritos que podem apresentar imperfeições, uma vez que nada mais são do que humanos sem corpo físico;
3ª PARTE: DAS CAUSAS MORAIS: deu origem ao 3º livro "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (1864). Kardec entendia que as seitas, cultos e religiões se preocupam mais com a parte mística do que com a parte moral. Explica ele que, apesar da moral evangélica ter sido sempre admirada, trata-se mais de um ato de fé do que compreensão verdadeira, uma vez que o novo testamento é de difícil entendimento para a maioria dos leitores. Os preceitos morais contidos no Evangelho foram escritos repletos de parábolas e metáforas, dificultando o entendimento. Assim, para tornar as “passagens obscuras” do texto, mais claras, o Evangelho Segundo o Espiritismo traz explicações sobre como aplicar os ensinamentos de Cristo na vida. Desta maneira, com a ajuda dos Espíritos, Kardec introduz o que ele chama de “chave” para decifrar o conteúdo do Evangelho;
4ª PARTE: DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES: deu origem ao 4º livro "O CÉU E O INFERNO” (1865). Este livro trata das causas do temor da morte; fala obviamente sobre Céu e Inferno, e traça paralelos entre as crenças cristãs existentes e a espírita (uma nova crença cristã) a respeito do limbo, das penas eternas, dos anjos e origem dos demônios. Na parte em que apresenta depoimentos, surgem narrações de desencarnados em condições razoáveis de evolução, bem como Espíritos infelizes, sofredores e suicidas. Traz um exame comparando sobre a passagem da vida material para a espiritual, falando sobre as penalidades e recompensas, anjos e demônios.
Portanto, O Livro dos Espíritos é uma obra monumental, antídoto do materialismo, bússola que nos orienta à viagem para nosso interior.



Postado por Rudymara - http://grupoallankardec.blogspot.com/

NOSSA HOMENAGEM À GERALDO GUIMARÃES

Deixamos aqui nossa homenagem a Geraldo Guimarães que desencarnou no dia 11 de janeiro de 2010, na cidade do Rio de Janeiro, um dos mais requisitados expositores espíritas do Brasil, que, nesta encarnação, foi esposo de outra notável expositora espírita, a Ana Guimarães.
Geraldo é conhecido no Brasil inteiro, bem como no exterior, porque sempre foi um dos palestrantes escolhidos para falar nos grandes eventos, haja vista a sua cultura espírita, a sua oratória e a sua história como trabalhador espírita dedicado, durante várias décadas, inclusive como membro do Lar Fabiano de Cristo, onde vinha atuando, nos últimos anos, com dedicação integral.Atua no campo da divulgação doutrinária há mais de 45 anos, desde a juventude.
Já esteve aqui em Taubaté trazendo seu conhecimento espírita.
Oremos juntos por essa nobre alma que retornou à espiritualidade, levando consigo nosso carinho e o passaporte do seu grande coração e sua extensa folha de serviços prestados ao bem!

sábado, 10 de abril de 2010

MEDIUNIDADE

JORNALISTA ARMANDO NOGUEIRA


Não poderíamos deixar de prestar a nossa singela homenagem ao querido colega, que recentemente faleceu no Rio de Janeiro deixando um vazio que muito dificilmente será preenchido. Quando iniciamos a nossa carreira como locutor esportivo, nos espelhamos no consagrado profissional, que além de se projetar no cenário esportivo, ainda deixou a sua marca competente por onde passou. Tinha uma facilidade espantosa de dominar a onde estivesse.(coisas de líder) No rádio foi rei, na TV um dos grandes nomes,.Sua competência era marcante. Pouca gente sabe que o Jornal Nacional da Globo, foi fundado por ele. Nos primeiros programas atuou ao lado de Cid Moreira que o considerava seu professor. Espírito alegre, dinâmico, não tendo obstáculo pela frente(gostava de desafio) foi um vencedor. Sua intenção quando veio do Acre para a cidade maravilhosa, era de continuar a carreira de pilotagem. Gostava de voar. Amante da liberdade, se completava no ar. Acontece que Armando talvez até sem saber explicar, sentia na alma uma vontade muito grande de atuar na área da comunicação, mas afirmava que voar de ultraleve não era um acaso da sua vida. Achava que era destino. Com respeito a morte teve a oportunidade de assim se expressar: Não sei o que virá depois, mas tenho uma desconfiança: quem morre muda, e quem muda melhora, Tenho notado que os meus amigos que morreram melhoraram com a morte. Eu não a desejo, mas também não vejo na morte o fim do mundo.É só uma grande mudança. E pode ser o começo de outro mundo. Hoje livre do fardo da matéria, Armando naturalmente deve estar voando, não através de ultraleve uma de suas paixões na Terra, mas com as asas do Espírito imortal a espera de uma nova experiência no corpo somático para continuar caminhando na estrada da eternidade, sempre em busca da evolução, sem o que atingirá a perfeição relativa.
J BONANI

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"EXISTEM GRUPOS CONDENANDO OS ESPÍRITAS, PRINCIPALMENTE NA MÍDIA. ISSO É INADMISSÍVEL..." - disse o Parlamentar ISALTINO NASCIMENTO


Brasil é considerado País com maior número de espíritas

A comunidade espírita de Pernambuco celebrou junto com a Assembleia Legislativa os 153 anos de existência do Livro dos Espíritos, publicação considerada a base da doutrina em todo o mundo. Escrita por Allan Kardec e divulgada em 18 de abril de 1857, a obra recebeu destaque, ontem, no Grande Expediente Especial. A cerimônia comemorativa foi solicitada pelo deputado Sérgio Leite (PT) e presidida pelo 20 secretário da Casa Joaquim Nabuco, deputado Sebastião Rufino (PSB).

Ao longo dos anos, o Brasil despontou como o maior País espírita do mundo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem aproximados 2,3 milhões de seguidores da doutrina. Além disso, são mais de 20 milhões de simpatizantes dos escritos do pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, nome real de Allan Kardec.

Na abertura do encontro, Rufino enalteceu Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, que fortaleceu a doutrina. “Com satisfação, registramos os mais de 150 anos da comunidade espírita, pregando a beneficência e a paz”, pontuou. Católico, Leite fez questão de reconhecer a importância do Espiritismo para os brasileiros. O parlamentar salientou a dedicação da doutrina à obra social. “Somente em Pernambuco, são mais de 400 grupos que desenvolvem ações assistenciais”, complementou.

Líder do Governo, o deputado Isaltino Nascimento (PT) lembrou a necessidade de preservar a liberdade de escolha religiosa. “Existem grupos condenando os espíritas, principalmente por meio da mídia. Isso é inadmissível e precisamos resistir”, argumentou. A presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Ednar Santos, compartilhou a trajetória da doutrina e disse ter recebido com emoção a ideia do petista de promover a cerimônia. “Que essa Casa faça sempre política preocupada com o povo e que nós, espíritas, possamos contribuir.”

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CREMAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA


O medo de ser enterrado vivo induz muita gente a desejar ser cremado. Queima-se o cadáver evitando o problema. Mas há uma dúvida que inspira a pergunta mais freqüente:
- Se no ato crematório o Espírito ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Tudo aquilo que doamos temos, é da lei. Tudo que temos, devemos.
O corpo é uma veste e um instrumento muito valioso e útil para o espírito, enquanto encarnado. Depois de morto, nenhuma utilidade mais tem para o espírito que o animou. Poderá vir a ser cremado sem que nada disso traga qualquer prejuízo real para o espírito desencarnado.
Pensam alguns que se o seu corpo for queimado ou lesado haverá prejuízo para o seu ressurgimento no mundo espiritual. Entretanto, não é o corpo material que continua a viver além-túmulo nem é ele que irá ressurgir, reaparecer, mas sim o espírito com o seu corpo fluídico (perispírito), que nada tem a ver com o corpo que ficou na Terra.
É necessário observar que, se o Espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao Espírito, mas obviamente experimentará impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente de um desligamento violento e extemporâneo. Para que o Espírito não se encontre ligado ao corpo físico, é recomendável um intervalo razoável após a morte (Emmanuel diz 72 horas), a fim de se ter maior segurança de que o desligamento perispiritual já tenha completado.
Nos fornos crematórios de São Paulo espera-se o prazo legal de vinte e quatro horas. Não obstante, o regulamento permite que o cadáver permaneça em câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar. Espíritas costumam pedir três dias. Há quem peça sete dias.
Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da auto-renovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo.


POSTADO PELO GRUPO DE ESTUDO "ALLAN KARDEC" http:/grupoallankardec.blogspot.com



ABRIL NO ESPIRITISMO

Habitualmente os Centros Espíritas comemoram no dia 18 de abril o lançamento da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, obra que deu corpo de doutrina ao Espiritismo. No mês, porém, há outras datas importantes que valem a pena ser relembradas.No dia 1 de abril de 1858, menos de um ano depois do lançamento da obra básica, o codificador Allan Kardec criou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, deixando clara a importância do estudo espírita para aqueles que realmente desejassem compreender as mensagens do Plano Superior.
Foi o primeiro núcleo criado para estudo e discussão das revelações recém-chegadas e que mereciam ser mais bem compreendidas.
No dia 29 de abril de 1864, mais uma importante data de abril, Kardec lançava o terceiro livro da codificação, sucedendo “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns”, de 1861. Tratava-se do livro “Imitação do Evangelho” que, a partir da terceira edição, passou a chamar-se “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
É provavelmente o livro mais lido e conhecido entre os espíritas, usado inclusive na prática do Evangelho no Lar e também recomendado para a oração diária que deve ser um hábito de todas as pessoas.
De nossa parte, defendemos que é um livro para também ser estudado, porque é um manancial de boas maneiras e um código de bem viver.
Ele foi escrito muito bem estruturado. Depois de um extraordinário prefácio assinado pelo Espírito de Verdade e uma bem feita introdução, constam do livro vinte e oito capítulos, sendo o último uma coletânea como sugestão de preces espíritas.
Em cada capítulo temos o enunciado clássico da Bíblia (Novo ou Velho Testamento), a explicação de Kardec para o referido texto e a orientação ou depoimentos de Espíritos que exprimem seus conselhos ou experiências vividas quando encarnados na Terra para servir-nos de alento ou advertência.
Esse livro, como que encomendado pelo Espírito de Verdade, enfatiza o cunho religioso do Espiritismo. Em contato de Kardec com o Espírito Guia em 9 de agosto de 1863, assim se manifestou o orientador: “Aproxima-se a hora em que terás de apresentar o Espiritismo como ele é realmente, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, diante do Céu e da Terra, terás de proclamar o Espiritismo como a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana. Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez de tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual um muro de aço, resistiria a todos os ataques.” (1)
Eis porque “O Evangelho Segundo o Espiritismo” trata apenas da moral do Cristo, desprezando rituais, dogmas, o que faz com que não conflite com as demais religiões.O Espiritismo não veio para combater as outras doutrinas, mas para ser um suporte a mais para o entendimento do Evangelho de Jesus por todas as criaturas.
Agradecemos a Allan Kardec por estas belas datas de abril!


(1) O ESE – Edicel – 3ª edição de 1987 – Notícia sobre o livro.


ESCRITO POR: OCTÁVIO CAÚMO SERRANO

terça-feira, 6 de abril de 2010

TVP - TERAPIA DE VIDAS PASSADAS

Emmanuel: Se estais submersos em esquecimento temporário, esse olvido (esquecimento) é indispensável à valorização de vossas iniciativas. Não deveis provocar esse gênero de revelações, porquanto os amigos espirituais conhecem melhor as vossas necessidades e poderão provê-las em tempo oportuno, sem quebrar o preceito da espontaneidade exigido para esse fim.
O conhecimento do pretérito, através das revelações ou das lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como esse, o qual se faz acompanhar, por sua vez, de responsabilidades muito grandes no plano do conhecimento; tanto assim que, para muitos, essas reminiscências costumam constituir um privilégio doloroso, no ambiente das inquietações e ilusões da Terra.
Do livro: O Consolador

JUDAS ISCARIOTES E MARIA MADALENA

sábado, 3 de abril de 2010

ALGUNS JOGADORES DO SANTOS NÃO ENTREGAM OVOS EM LAR ESPÍRITA



Em evento promovido pelo patrocinador do time, maioria dos jogadores do Santos se recusaram a fazer entregas de ovos de páscoa para 34 pessoas - entre elas crianças e adolescentes com paralisia cerebral - porque a instituição beneficente segue a rotina espírita.

Neymar, Robinho e Ganso, entre outros, foram até o local, mas não desceram do ônibus. O presidente do Santos afirmou que sabia que alguns jogadores recusariam a proposta, mas não conseguiu evitar o constrangimento.

Como no início deste ano, o Santos publicou uma cartilha de conduta, que proíbe manisfestações religiosas com a camisa do time. O Santos enfrenta o São Caetano no próximo domingo (4) às 18h30, fora de casa, pelo Campeonato Paulista.

Redação CORREIO

OBSERVAÇÃO: Os jogadores santistas que participaram da ação de caridade foram: Felipe, Wladimir, Edu Dracena, Zé Eduardo, Arouca, Pará, Gil, Maikon Leite, Breitner, Zezinho e Wesley. Parabéns a eles!



MAHATMA GANDHI

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CHICO XAVIER - biografia


 

Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 numa família humilde.
Foi um dos mais conhecidos espíritas do Brasil.
Foi educado na fé católica, mas teve seu primeiro contato com os Espíritos desencarnados aos 4 anos de idade.
Sua mãe desencarnou quando ele tinha 5 anos de idade.
O pai, sem ter condições de criar os 9 filhos, os distribuiu entre os familiares.
Chico ficou por 2 anos na casa da madrinha Rita de Cássia que logo se mostrou cruél ao aplicar-lhe torturas terríveis.
O espírito da mãe desencarnada aparecia para ele e recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus".
O pai casou-se novamente e a madrasta Cidália exigiu reunir os 9 irmãos. O casal teve mais 6 filhos. Chico começou a vender legumes da horta da casa para ajudar na despesa.
Chico era motivo de chacota na escola por ver e falar com espíritos. O pai pensou em interná-lo, mas o padre Scarzelli disse que era apenas "fantasias de menino". Aconselhou que ele começasse a trabalhar. Então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida; depois foi servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha; caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e aposentou como inspetor agrícola na Fazenda Modelo, onde trabalhou de 1930 até ao final dos anos 1950. Hoje, a Fazenda Modelo tornou-se o Espaço Cultural Chico Xavier.
Em 1924 terminou o curso primário e nunca mais voltou a estudar.
Quando ele estava com 17 anos sua madrasta desencarnou e ele começou a estudar o Espiritismo.
Sofria com doença complexa nas vistas: o deslocamento do cristalino e estrabismo. Sofreu crises de angina e dois enfartes.
Em 1931 teve o primeiro contato com Emmanuel e publicou o primeiro livro "Parnaso de Além Túmulo".
Psicografou mais de quatrocentos livros, e nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra. Pois insistia dizer que reproduzia o que os espíritos ditavam.
Nunca aceitou o dinheiro lucrado com a venda de seus livros, doando os direitos autorais para instituições espíritas.
A venda dos livros ajudava e ainda ajuda pessoas necessitadas.
O seu nome foi muito conhecido no Brasil, por sua humanidade e assistência ao próximo.
Chico dizia que gostaria de desencarnar no dia em que o povo brasileiro estivesse feliz. Seu pedido foi atendido. Ele desencarnou em 2002 já com 92 anos de idade no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Merecimento por tantos anos de dedicação a causa espírita cristã. Pensou até o último instante na dor alheia e mostrou mais um ato de humildade. Não queria a atenção só para si.



quinta-feira, 1 de abril de 2010

NA HORA DA CRUZ



Quando o Mestre se afastou do Pretório (tribunal), suportando o madeiro a que fora sentenciado pelo povo em desvario, muitas reflexões lhe assomavam ao pensamento.
Que fez senão o bem?
Que desejou aos perseguidores senão a bênção da alegria e a visitação da luz?
Quando receberão os homens o dom da fraternidade e da paz?
Devotou-se aos doentes com carinho, afeiçoou-se aos discípulos com fervor . . . Entretanto, sentia-se angustiadamente só.
Doíam-lhe os ombros dilacerados.
Por que fora libertado Barrabás, o rebelde, e condenado ele, que reverenciava a ordem e a disciplina?
Em derredor, judeus irritados ameaçavam-no erguendo os punhos, enquanto legionários semi-ébrios proferiam maldições.
A saliva dos perversos maltratava-lhe o rosto e, inclinando-o para o solo, a cruz enorme pesava . . .
“O´ Pai! – refletia, avançando dificilmente – que fiz para receber semelhante flagelação?”
Anciãs humildes tentavam confortá-lo, mas curvado como estava, não conseguia ver seus semblantes.
“Porque a cruz? – continuava meditando, agoniado – porque lhe cabia tolerar o martírio reservado aos criminosos?”
Lembrou as crianças e as mulheres simples da Galiléia, que lhe compreendiam o olhar, recordando, saudoso, o grande lago, onde sentia a presença do Todo-Compassivo, na bondade da natureza . . .
Lágrimas quentes jorravam-lhe dos olhos feridos, lágrimas que suas mãos não conseguiam enxugar.
Turvara-se-lhe a visão e, incapaz de manter o equilíbrio sobre o pedregulho do caminho estreito, tropeçou e caiu de joelhos.
Guardas rudes chicoteava-lhe a face com mais violência.
Alguns deles, porém, acreditando estar ele muito cansado, obrigaram Simão, o Cireneu, que voltava do campo, a auxiliá-lo na condução do madeiro.
Constrangido, o lavrador tomou sobre os ombros o terrível instrumento de tortura e só então conseguiu Jesus levantar a cabeça e contemplar a multidão que se adensava em torno.
E observando a multidão irada, oh! Sublime transformação! . . . Notou que todos os circunstantes estavam algemados a tremendas cruzes, invisíveis ao olhar comum.
* O primeiro que pode analisar particularmente foi Joab, o cambista, velho companheiro de Anás, nos negócios do Templo. Ele se achava atado ao lenho da usura. Gritava, aflito, escancarando a garganta sequiosa de ouro;
* Não longe, Apolônio, o soldado da corte, mostrava-se agarrado à enorme cruz da luxúria, repleta de vermes roazes a lhe devorarem o próprio corpo;
* Caleb, o bajulador, berrava frenético, entretanto, apresentava-se jungido ao madeiro do remorso por homicídios ocultos;
* Amós, o mercador de cabras, arrastava a cruz da enfermidade que o forçava a sustentar-se em vigorosas muletas;
* José de Arimatéia, o amigo generoso, que o seguia, discreto, achava-se preso ao frio lenho dos deveres políticos, e Nicodemos, o doutor da Lei, junto dele, vergava, mudo, sob o estafante madeiro da vaidade.

Todas as criaturas daqueles estranhos ajuntamento traziam consigo flagelações diversas.
O mestre reconheci-as, acabrunhado.
Eram cruzes de ignorância e miséria, de revolta e de grande desejo de bens ou gozos materiais, de aflição e despeito, de inveja e iniquidade.
Tentou concentrar-se em maior exame, contudo, piedosas mulheres em lágrimas acercavam-se dele, de improviso.
- Senhor, que será de nós, quando partires? – gritava uma delas.
- Senhor, compadece-te de nossa desventura! – suplicava outra.
- Senhor, nós te lamentamos! . . .
- Mestre, pobre de ti!
O Cristo fitou-as, admirado.
Todas exibiam asfixiantes padecimentos.
Viu que, entre elas, Maria de Cleofas trazia a cruz da maternidade dolorosa, que Maria de Magdala pranteava sob a cruz da tristeza e que Joana de Cusa, que viera igualmente às celebrações da Páscoa, sofria sob o madeiro do casamento infeliz . . .
Açoites lamberam-lhe a cabeça coroada de espinhos.
A multidão começava a mover-se, de novo.
Era preciso caminhar.
Foi então que o Celeste Benfeitor, acariciando a própria cruz que Simão passara a carregar, nela sentiu precioso rebento de esperança, com que o Pai Amoroso lhe agraciava o testemunho, a fim de que as sementes da renovação espiritual felicitassem a Humanidade. E, endereçando compadecido olhar às mulheres que o cercavam, pronunciou as inesquecíveis palavras do Evangelho:
- Filhas de Jerusalém, não chores por mim! . . . Chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos, porque dias virão em que direis: bem-aventurados os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram! . . .– Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará com o lenho seco?

Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina, espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infante.
Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.
Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos, representando galhos ainda secos na árvore da vida?
Em cada experiência, necessitamos de processos no serviço de reparação e corrigenda.
Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em fúria destruidora.
Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.
O martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.
Como lenhos ressequidos, ao calor do mal, sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos.
O mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.

Emmanuel: Caminho, Verdade e Vida/ Irmão X: Cartas e Crônicas/Livros psicografados por Chico Xavier