O escritor e orador espírita Richard
Simonetti aborda a tragédia na Brasilândia no texto abaixo.
“Chocou a opinião pública o episódio na
Brasilândia, São Paulo, em que supostamente um adolescente matou quatro
familiares e matou-se, algo inconcebível, principalmente por partir de alguém
que aparentemente não tinha problemas psicológicos, nem carência afetiva. Era,
inclusive, o centro das atenções dos pais, em face de enfermidade congênita.
Admitindo que tenha ocorrido a ação do menino, algo que parece confirmado pelas evidências e que se constitui em apenas mais um episódio dentre semelhantes que se sucedem na atualidade, especulações são feitas, na tentativa de uma explicação.
Nas lides religiosas fala-se da influência do demônio, empenhado em chocar a população para impor seu reinado de horrores.
No meio espírita as teses são mais sofisticadas, avançando nos domínios dos resgates cármicos e na ação de Espíritos que cobram por ofensas desta ou doutras existências.
Das fantasias teológicas às teses propostas pela Doutrina Espírita, das informações especulativas à investigação policial, há uma profusão de possibilidades.
Parece-me, todavia, leitor amigo, que o buraco é mais embaixo, considerando-se que tragédias dessa natureza são meros sintomas de uma humanidade enferma que, digamos, perdeu o rumo de Deus.
Não obstante serem raros os materialistas, diríamos que nossa sociedade é espiritualista apenas nas ideias. Poucos vivem com a consciência da presença de Deus e de que um dia retornaremos à pátria espiritual, onde seremos cobrados pelo mal que fizemos e também pelo bem que deixamos de fazer.
Quando as pessoas fazem ouvidos moucos a essas informações transmitidas pelas religiões, perdem o freio da consciência e tudo passa a ser permitido. E haja imaginação para justificar tantos desvios de comportamento, tantos vícios e paixões, tanta preocupação com o imediatismo terrestre.
Isso tudo resulta num ambiente psíquico conturbado, tão escuro e denso que os mentores espirituais situam a Terra como o planeta das faixas escuras.
Admitindo que tenha ocorrido a ação do menino, algo que parece confirmado pelas evidências e que se constitui em apenas mais um episódio dentre semelhantes que se sucedem na atualidade, especulações são feitas, na tentativa de uma explicação.
Nas lides religiosas fala-se da influência do demônio, empenhado em chocar a população para impor seu reinado de horrores.
No meio espírita as teses são mais sofisticadas, avançando nos domínios dos resgates cármicos e na ação de Espíritos que cobram por ofensas desta ou doutras existências.
Das fantasias teológicas às teses propostas pela Doutrina Espírita, das informações especulativas à investigação policial, há uma profusão de possibilidades.
Parece-me, todavia, leitor amigo, que o buraco é mais embaixo, considerando-se que tragédias dessa natureza são meros sintomas de uma humanidade enferma que, digamos, perdeu o rumo de Deus.
Não obstante serem raros os materialistas, diríamos que nossa sociedade é espiritualista apenas nas ideias. Poucos vivem com a consciência da presença de Deus e de que um dia retornaremos à pátria espiritual, onde seremos cobrados pelo mal que fizemos e também pelo bem que deixamos de fazer.
Quando as pessoas fazem ouvidos moucos a essas informações transmitidas pelas religiões, perdem o freio da consciência e tudo passa a ser permitido. E haja imaginação para justificar tantos desvios de comportamento, tantos vícios e paixões, tanta preocupação com o imediatismo terrestre.
Isso tudo resulta num ambiente psíquico conturbado, tão escuro e denso que os mentores espirituais situam a Terra como o planeta das faixas escuras.
***
O que acontece, amigo leitor, quando o céu é tomado por densas nuvens e faz-se noite em pleno dia?
Todos sabemos: vai desabar a chuva torrencial, haverá raios destruidores, ventania furiosa, a promover estragos.
É exatamente o que acontece em nosso planeta. A atmosfera psíquica pesada, densa, sustentada pelo comportamento imediatista da população, favorece a ocorrência de crimes, suicídios, acidentes, assassinatos, vícios, abortos, em ocorrências que chocam a opinião pública.
Reclamam-se providências do governo, que deve mobilizar recursos para conter a criminalidade, melhorar as condições de vida, sanear as finanças, educar o povo, aprimorar o nível de comportamento das pessoas.
Tudo é bom e desejável, mas não nos iludamos. Enquanto a atmosfera psíquica das cidades for densa, sustentada pelo comportamento imediatista, continuaremos a ver a dança das tragédias, dos crimes, dos problemas, mais numerosos à medida que cresce a população, mais explorados à medida que são aperfeiçoados os meios de comunicação.
***
Fala-se muito na atualidade sobre ecologia, uma
harmonização do homem com a natureza.
Diríamos que precisamos, sobretudo, de uma ecologia espiritual, nossa harmonização com Deus, considerando que estamos na Terra com o objetivo específico de evoluir, superando nossas imperfeições e mazelas, buscando, como ensinava Jesus, aquele tesouro que as traças e a ferrugem não corroem, nem os ladrões roubam, formada por valores morais e espirituais.
Agindo assim e influenciando os que nos rodeiam com a força do exemplo, contribuiremos para limpar a atmosfera psíquica de nosso planeta, para que tragédias como a da Brasilândia tornem-se cada vez menos frequentes, da mesma forma que tempestades não desabam quando não há nuvens no céu.”
Diríamos que precisamos, sobretudo, de uma ecologia espiritual, nossa harmonização com Deus, considerando que estamos na Terra com o objetivo específico de evoluir, superando nossas imperfeições e mazelas, buscando, como ensinava Jesus, aquele tesouro que as traças e a ferrugem não corroem, nem os ladrões roubam, formada por valores morais e espirituais.
Agindo assim e influenciando os que nos rodeiam com a força do exemplo, contribuiremos para limpar a atmosfera psíquica de nosso planeta, para que tragédias como a da Brasilândia tornem-se cada vez menos frequentes, da mesma forma que tempestades não desabam quando não há nuvens no céu.”