sábado, 16 de fevereiro de 2013

ESPIRITISMO É RELIGIÃO?


O Espiritismo é uma ciência (estuda as manifestações dos espíritos através da mediunidade), é uma filosofia (questiona: quem somos; de onde viemos; porque estamos aqui; para onde iremos depois da morte física), com consequencias religiosas.

POR QUE O ESPIRITISMO NÃO FOI APRESENTADO LOGO COMO RELIGIÃO?
Kardec deu duas razões:
1) A fim de evitar rejeição e até perseguição prematura os bons espíritos aguardaram a maturidade da inteligência humana. Primeiro estabeleceram os fundamentos filosóficos e científicos.
2) Porque, na opinião geral, a palavra "religião" é inseparável do "culto", coisa que o Espiritismo não tem. Exemplo: dogmas, casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, cerimônias, privilégios e a mistificação e os abusos. (Kardec, discurso em 1º/nov./1868 - RE dez/1868)

Portanto, precisamos intensificar, nas casas, instituições e departamentos espíritas, a explicação do porque precisamos mudar nossas atitudes e as consequencias quando não mudamos. Há casas preocupadas com o grande número de frequentadores sem se preocupar com a qualidade dos ensinamentos. Muitos procuram a casa espírita para se beneficiar "materialmente", com curas, consultas vãs com espíritos, cartas consoladoras, afastar obsessores, cestas básicas, etc. Exemplo: há pessoas que pegam cestas básicas em vários lugares, mentem, ficam acomodadas. Isto é cristão? Não. Nem da parte de quem busca e nem de quem doa. Outros buscam passe como buscam hóstia. Há quem frequente o passe como se fosse missa ou culto evangélico onde: entra, ouve, toma passe e vai embora como se já tivesse cumprido a obrigação com Deus. Mas lá fora, perante a família e a sociedade, agem como se a atitude moral religiosa não fosse importante.  Há dirigente ocupando grande tempo para sofisticados passes ou rituais de cura ao invés de aprimorar os ensinamentos moral religioso. Dentro da casa espírita há palestrante pregando mudança de comportamento, mas fora dela fuma, bebe e tem atitude diferente do que prega. Enfim, estamos agindo como "uma religião a mais", errando onde Kardec tentou evitar que errássemos e onde muitas religiões erraram no passado e erram até hoje. Mas nós, espíritas, fazemos pior que tais religiões. Por que? Porque temos mais conhecimento. Então perguntemos: O que estamos ensinando para estas pessoas? Estamos ensinando a busca do religiosismo (culto externo) ou da religiosidade (qualidade de ser religioso)? Que exemplo os espíritas estão dando para motivar esta mudança? Precisamos rever nossas atitudes. 
 


Rudymara (http://grupoallankardec.blogspot.com)








quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

QUARTA-FEIRA DE CINZAS É O PRIMEIRO DIA DA QUARESMA CATÓLICA




No carnaval aumentam as transgressões das leis morais cristãs de todas as formas: sexo desregrado, gravidez indesejada, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, mortes no trânsito causado por alcoolismo e outras drogas, etc. Dia seguinte ao término do carnaval, é a quarta-feira intitulada de cinzas, onde muitos estão com a saúde debilitada, o corpo físico cansado, etc. Outros ficam triste com o término e alguns cumprem o que pede sua religião (catolicismo), por isso buscam templos religiosos para tomar cinzas, cujo simbolismo é para que as pessoas façam reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida ou mudança comportamental. A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma (para os católicos), que é o período de quarenta dias que antecedem a festa da Páscoa, onde é relembrado os últimos dias de Jesus na Terra. Mas, neste período, não nos enganemos tentando enganar Jesus com abstinências como a de carne vermelha, cigarro, bebida alcoólica, etc., por apenas quarenta dias. Ele espera mais que isso e por um período permanente. A abstinência que Ele espera de nós é a das coisas que faz mal para nosso corpo e para nosso Espírito. Para os católicos é tempo de oração, jejum e solidariedade. E os restante do ano?
Agora perguntemos: “Só com a vinda Dele já estamos salvos?” Não nos enganemos. Jesus não morreu para nos salvar, ou melhor, nos livrar dos erros. Ele viveu para nos mostrar o caminho da salvação. A busca é individual e só acontecerá se cristianizarmos nossas atitudes o ano todo. Então, como vemos, o sacrifício do Cristo e de seus discípulos não aconteceram para admirarmos Suas bravuras ou para decorarmos seus ensinamentos e ficar por isso mesmo. A passagem do Cristo na Terra é mais que presentes, presépios, ceia, bacalhau, ovos de chocolate, paçoca e coelhinho. Quando entenderemos o sentido da vinda do Cristo a Terra? Será que estamos agradando Jesus com esta fé sem obras?
Alguém perguntará: "Então devemos acabar com a Páscoa e o Natal?" Não. Devemos relembrar a vinda do Cristo todos os dias; santificar todos os dias, não somente a sexta-feira ou o 25 de dezembro. Utilizarmos as datas para intensificarmos a caridade ensinada pelo “crucificado” ou pelo “menino da manjedoura”. Nós espíritas não somos contra a festa ou a alegria de reunir a família. Mas achamos que a festa de Natal deveria despertar em nós o desejo de fazermos o Cristo renascer em nossas atitudes (não só nas mensagens dos cartões) e a da Páscoa deveria despertar em nós a vontade de nos libertarmos dos erros, das transgressões, para ressuscitarmos numa nova pessoa. Uma pessoa de atitudes nobres, cristãs. Mas, infelizmente, há quem acredite ser perdoado com simples ritual ou com penitências corporais. Por isso, na próxima festa, veremos as mesmas pessoas cometendo as mesmas transgressões. Como pedir que o mundo mude se nós não mudamos? A mudança do mundo começa em nós e só acontecerá quando seguirmos os ensinos de Jesus, TODOS OS DIAS.









segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CARNAVAL



No carnaval, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, drogas lícitas e ilícitas, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis, doenças sexualmente transmissíveis, abortos, etc.
Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos pelo mesmo processo, a ajuda dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada.
Como disse Carlos Baccelli: “Advertiu-nos o apóstolo Paulo: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". O mal não está tanto na coisa em si; está em como nos conduzimos dentro dela. O carnaval não seria o que é, se não fôssemos o que somos. É natural a presença do jovem espírita em festas e boates; no entanto, ao adentrar uma casa de diversão, ele não pode deixar lá fora a sua condição religiosa, como se tal condição lhe fosse uma capa da qual ele pudesse despir-se à vontade.”
Há quem se isole em grupos religiosos para orar ou pular um carnaval mais cristianizado, onde a alegria não precisa de drogas, sexo desregrado, atitudes desequilibrado. 
Então, podemos concluir que, seria bom evitarmos, mas se não for possível, podemos nos divertir, mas nos comportemos como cristãos seja lá onde estivermos. ORAÇÃO e VIGILÂNCIA é a recomendação sempre atual.