segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NO PLANO DOS SONHOS - André Luiz


André Luiz conta no capítulo 8, do livro Missionários da Luz, que no plano espiritual onde ele se encontra há um centro de estudos, com número superior a 300 associados, no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para assimilarem as lições.
Muitos faltam aos estudos porque atendem a seduções comuns, reduzindo-se ainda mais a freqüência geral.
Certa madrugada de estudo (2:00h), percebeu-se que faltavam apenas 2 companheiros: Vieira e Marcondes.
Alexandre, o orientador, recomendou ao auxiliar Sertório, que fosse saber o que se passava com os faltosos. André Luiz o acompanhou.

Primeiro foram à residência de Vieira. Ao adentrar o quarto, perceberam que Vieira estava sofrendo um pesadelo cruel. Seu corpo perispirítico estava unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras. Vieira soltava gritos agudos, e sufocava-se, angustiadamente, enquanto a entidade escura fazia gestos que André Luiz não compreendia.
Sertório, então, iniciou um diálogo com a entidade, que disse ser velho conhecido de Vieira. E que estava ali porque o mesmo o chamou com suas reiteradas lembranças que o acusava de faltas que, dizia ele, não ter cometido. Que já sofria muito após a morte para ter que ouvir falsos testemunhos de amigos maledicentes. Decepcionado com o amigo, que ele achava de confiança, resolveu esperar Vieira nos momentos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos.
Sertório conversou com a entidade das sombras inferiores, para que desculpasse o amigo, dizendo que não devemos exigir dos outros conduta rigorosamente correta, se ainda não somos criaturas irrepreensíveis. A entidade ficou de pensar. Sertório então, resolveu socorrer Vieira, acordando-o energicamente gritando seu nome com força.
Assim, Vieira não pode comparecer aos trabalhos da noite.

Em seguida, foram visitar Marcondes. Segundo André Luiz, o quadro agora era muito mais triste e constrangedor. Marcondes não estava sob impressões de pavor, como aconteceu com Vieira, mas estava acompanhado de 3 entidades femininas de galhofeira expressão que permaneciam em atitudes menos edificante. Marcondes não soube disfarçar a surpresa da visita. Envergonhado, tentou dar explicações. Mergulhou a cabeça nas mãos, como desejasse esconder-se de si mesmo. As entidades atrevidas e nervosas afirmavam que estavam ali porque Marcondes as chamou, por isso, elas não permitiriam seu afastamento.
Apesar de envergonhado, Marcondes não conseguia reagir. Sertório então, resolveu ir embora dizendo:
- Cada qual escolhe as companhias que prefere. Futuramente você compreenderá que somos seus amigos leais e que desejamos todo o bem.

Sertório explicou para André Luiz que não poderia agir ali do mesmo modo que agiu com Vieira. Marcondes deveria demorar-se em tal situação para que outro dia a lembrança desagradável mais duradoura, fortificando-lhe a repugnância pelo mal.


Resumo de Rudymara do Grupo de Estudo "Allan Kardec" - http://grupoallankardec.blogspot.com




segunda-feira, 14 de novembro de 2011

RECEPÇÃO NA CASA ESPÍRITA



"A casa espírita deve ser uma instituição que represente os braços do Mestre abertos e estendidos a envolver todos os irmãos que ELE nos encaminhar, pois, que o Centro Espírita é a casa em que as almas encarnadas e desencarnadas podem encontrar Jesus, através dos seus trabalhadores,..."

Entendemos, que a maneira como somos recebidos em qualquer lugar ou instituição, seja por amigos ou desconhecidos, muita influência exerce em nossa maneira de nos portarmos em tais ambientes, isto é, se somos recebidos de maneira fria, desinteressada, sem qualquer importância, nossa atuação estará muito comprometida, pois, nos sentiremos deslocados, incomodados etc.

Se, ao contrário, formos recebidos com carinho, com votos de boas-vindas, com camaradagem, com alegria pelos recepcionistas desses lugares ou instituições, nosso ânimo será outro, e nossa participação será bem diferente, pois, nos sentiremos queridos, estimados etc.

Da mesma forma que nós, todas as outras pessoas também desejam ser bem recebidas, e se estamos na Casa Espírita que freqüentamos, a recepção que devemos dar a quem nos procura deve ser a mais calorosa, atenciosa, e respeitosa possível, visto que estaremos representando, a infinidade de trabalhadores do Mestre de Nazaré que nos ensinou a "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos".

Por essa razão, a casa espírita deve ser uma instituição que represente os braços do Mestre abertos e estendidos a envolver todos os irmãos que ELE nos encaminhar, pois, que o Centro Espírita é a casa em que as almas encarnadas e desencarnadas podem encontrar Jesus, através dos seus trabalhadores, em quem o Mestre muito confia, assim sendo, algumas atitudes devem ser tomadas para que os irmãos que nos procurem possam realmente encontrar apoio e orientação segura para suas dificuldades, sejam quais forem.

Para tanto, a casa espírita deve preparar seus tarefeiros para esse mister, escolhendo através de cursos a serem ministrados com essa finalidade, onde os mais experientes, os mais dedicados possam ser encaminhados para o setor de recepção da casa espírita, e estará preparado para dar todas as informações sobre as atividades da casa, as primeiras orientações sobre a doutrina etc., nesses encontros, devem ser solicitado a todos os participantes que dêem sugestões para uma recepção digna a quem buscar o Templo Espírita a que pertençamos, e posteriormente selecionadas as melhores idéias para serem desenvolvidas e postas em prática com o comprometimento de todo grupo.

Essas reuniões, em nossa casa espírita, acontecem normalmente nos grupos de estudos, onde em determinadas oportunidades fazemos um balanço daquilo que achamos que precisa ser implantado ou modificado e pedimos a opinião de todos os participantes que opinam e por participarem dos métodos de definição de como melhorar a tarefa estudada, se acham bem integrados com as medidas definidas e se empenham por cumpri-las.

Não mais se pode admitir, uma casa espírita, onde alguém dá a ordem e todos têm que executar, seja ou não favorável e sem ser ouvido, hoje o diálogo, na busca de soluções para os problemas que nos surgem é de vital importância para a manutenção de uma Instituição sadia, sem correntes contrárias a se combaterem, afinal somos espíritas e não podemos nos esquecer dessa responsabilidade em hipótese alguma.

De nossas experiências, podemos apenas sugerir algumas idéias para melhorar essa recepção em nossas casas espíritas, respeitando cada grupo espírita que é absolutamente independente para agir de conformidade com sua filosofia, e não temos a pretensão de passarmos por professores de conduta ou autoridades em qualquer tipo de assunto, apenas queremos se possível contribuir para um melhor relacionamento entre a instituição, seus tarefeiros e os irmãos que chegarem na busca de orientação e auxílio.

Sugestões para uma boa Recepção:

1) Criação de uma mentalidade de recepcionar bem quem quer que procure a Instituição, através de avisos, folhetos, conversas nos grupos de estudos e trabalhos da casa espírita;

2) Pedir aos trabalhadores da casa espírita sugestões para essa finalidade;

3) Constituir um grupo de trabalhos visando a implantação das melhores sugestões, visto que cada instituição conhece melhor seu público;

4) Preparar tarefeiros para essa tarefa específica, envolvendo os de maior conhecimento sobre a casa e sobre a doutrina, os mais calmos, pacientes, que melhor saibam se expressar etc.;

5) Buscar o envolvimento de todos os dirigentes, e trabalhadores da casa, pois, sem a participação de todos, o trabalho não terá a mesma eficiência, sabemos que 100% (cem por cento) não é possível, mas, o maior número viável de tarefeiros deve ser a meta.

Pensamos que para uma boa recepção é preciso um bom conhecimento dos postulados da doutrina espírita, e não devemos em hipótese alguma desistir por mais e maiores dificuldades que possam surgir, pois, os espíritos Superiores estarão nos dando todo apoio necessário para que triunfemos ao final da peleja.

Desde a entrada da casa espírita, já deve ter o visitante a saudação de boas-vindas, com um belo sorriso no rosto do tarefeiro, a entrega de uma mensagem contendo uma página edificante e ainda, se possível, com as atividades da casa no verso, o que facilitará em muito a tarefa de explicação do tarefeiro. Para uma boa recepção não é necessário quase nada, uma simples mesa na entrada da casa, que não atrapalhe o acesso das pessoas, ou mesmo o plantão permitido por uma escala de tarefeiros para cada dia de atividade da casa, para recepcionar quem chegue e distribuir as mensagens em pé mesmo. Os casos que precisem de uma palavra mais especializada, o plantonista encaminhará a pessoa a alguém também bem preparado para uma adequada orientação etc.

Chamamos a atenção para o fato de que é necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos, pois, lembramos que a recepção é o primeiro contato do visitante com a nossa casa espírita ou mesmo com a doutrina espírita, e quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o indivíduo e muitos outros que por seu intermédio poderão chegar.

É, conveniente lembrar também, que se deve evitar lidar com dinheiro no local da recepção, pois, muitas vezes é na própria recepção que trabalhadores e freqüentadores da casa fazem doações ou pagamentos de alguma promoção beneficente promovida pelo grupo, o que deve ser em nossa modesta opinião feita na tesouraria da casa espírita em local adequado para tal atividade, pois, para as pessoas que chegam pela primeira vez ao centro espírita, pode causar estranheza e interpretações equivocadas sobre o motivo do recebimento do dinheiro.

Que Jesus nos abençoes e inspire, para que possamos ser dignos representantes seus, diante do ser que nos chegar à sua procura!


Por Francisco Rebouças






quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SER ESPÍRITA


Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.
Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.
Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.
Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.
O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.
Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.
Anormal é não ser bom.
Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.
Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.
Isto é ser espírita.
Com as bençãos de Jesus, nosso mestre.

Do livro: Aprendendo a lidar com as crises
De: Wanderley Pereira